'Do Barroco ao Pop' traz influência do estilo em hits de artistas como Bob Marley e Geraldo Vandré
Herança cultural de presença forte em Minas, o estilo barroco passa por palcos de BH com o show ‘Do Barroco ao Pop’, que faz seis apresentações gratuitas entre 12 e 26 de abril por diferentes espaços da capital. Construído pelos grupos Musica Figurata e OPemG, o espetáculo mistura elementos ligados ao período histórico, como cravo, viola da gamba e guitarra barroca, com instrumentos modernos como guitarra elétrica e o controlador de MIDI Linnstrument. No repertório, composições de décadas recentes que carregam influências de obras barrocas, como ‘Sweet Dreams (Are Made of This)’ dos Eurythmics, ‘Let it Be’ dos Beatles, ‘Hit the Road Jack’ de Ray Charles e ‘Eu Sou Rebelde’, eternizada na voz da cantora Lílian.
Comumente visto como uma definição de período específico na arte, entre o fim do século XVI e início do século XVII, o barroco também corresponde ao estilo empregado nas obras de arte que formaram o movimento – e que até hoje tem características reproduzidas em produções contemporâneas. “Do Barroco ao Pop nasceu no momento em que percebemos vários elementos da música barroca nos mais variados estilos musicais do século XVIII ao XX. Um dos elementos mais perceptíveis desse legado é principalmente uma linha de baixo que se repete insistentemente do começo ao fim de uma música em mais de 50 obras do rock e do pop”, afirma Robson Bessa, cravista e diretor do projeto.
A princípio, pode ser difícil enxergar similaridades que coloquem no mesmo balaio as obras do alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750), principal compositor barroco, e canções que estão no show como ‘With or Without You’ do U2 ou ‘Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores’, de Geraldo Vandré. Mas Robson explica que as influências do estilo barroco na música contemporânea são perceptíveis para estudiosos e estão na estrutura de várias canções do pop, rock e jazz. “Eu notei que harmonias barrocas, melodias barrocas e baixos eram muito utilizados em músicas populares, no flamenco, no jazz, no rock, no pop. Então veio a ideia de fazer um projeto que mostrasse para a população de Belo Horizonte a riqueza da música barroca e como nós ainda escutamos elementos dela, mesmo sem saber”, observa o músico. Todas as apresentações do show ‘Do Barroco ao Pop’ são gratuitas, sem retirada de ingressos antecipadamente.
‘Do Barroco ao Pop’, com Musica Figurata e OPemG
• 12 de abril às 18h no Museu da Moda (Rua da Bahia, 1149 – Centro)
• 13 de abril às 17h30 no Centro Cultural Alto Vera Cruz (Alto, R. Padre Júlio Maria, 1577 – Vera Cruz)
• 14 de abril às 19h na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Av. Dr. Cristiano Guimarães, 2127 – Planalto)
• 16 de abril às 17h no Centro Cultural Pampulha (R. Expedicionário Paulo de Souza, 185 – Itatiaia)
• 18 de abril às 14h30 na Fundação Torino (R. Jorn. Djalma Andrade, 1300 – Belvedere).
• 26 de abril às 9h no Centro Cultural São Bernardo (R. Édna Quintel, 320 – São Bernardo)
Fiat Lux, o Barroco surge
‘Lamento della Ninfa’ – C. Monteverdi
‘Hit the Road, Jack’ – Ray Charles
Tudo que é bom vem de fora
‘An Italian Ground’ – anônimo inglês
‘Les Feuilles Mortes’ – Yves Montand
‘Eu sou Rebelde’ – Manuel Alejandro, Ana Magdalena – versão: Paulo Coelho
‘Greensleaves’ – anônimo
‘Amsterdam’ – Jacques Brel
‘Sweet Dreams (Are Made of This)’ – Eurythmics
Os Incas encantam a Europa
‘Chaconna’ – J.Duphly
Modinhas
‘Se Fores ao fim do Mundo’ – Domingos Barbosa
‘Pra Desabafar Saudades’
‘Pra não dizer que não falei das flores’ – Geraldo Vandré
Bis
‘Canon’ – J.Pachelbel
‘With or without you’ – U2
No Woman, no Cry’ – Bob Marley
‘Let it Be’ – Beatles