Cultura

ADRO galeria recebe exposição de Marcello Grassmann

Mostra será composta por 22 trabalhos, sendo dois desenhos originais, de 1999 e 2009, nunca publicados ou exibidos antes


Créditos da imagem: Divulgação

Redação Sou BH

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07/10/22 às 08:23
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A ADRO galeria, no centro histórico de São João del-Rei, recebe a mostra “É o que parece: Marcello Grassmann” entre os dias 8 de outubro e 17 de dezembro. Com curadoria e expografia de Ricardo Coelho, a exposição é composta por 22 trabalhos, sendo dois desenhos originais, de 1999 e 2009, nunca publicados ou exibidos antes.

Também estarão em cartaz dez gravuras em metal de um álbum encomendado por Julio Pacello, em 1968, duas xilogravuras históricas da década de 1950, uma xilogravura de 1949 (as três últimas reimpressas em 2006 pelo gravador Francisco Maringelli), além de sete gravuras em metal realizadas em diferentes momentos de sua trajetória.

“Marcello Grassmann é, sem qualquer sombra de dúvida, um dos grandes nomes da arte contemporânea brasileira do século XX, isto sem considerarmos o seu principal meio de expressão, qual seja: a gravura, o que, certamente, o colocaria num seleto grupo como um dos mais importantes representantes dessa linguagem, ao lado de nomes como Oswaldo Goeldi, Lívio Abramo, Lasar Segal, Fayga Ostrower, Renina Katz, Maria Bonomi e Evandro Carlos Jardim”, afirma Ricardo Coelho.

A exposição “É o que parece: Marcello Grassmann” é a terceira do Projeto ADRO Cultural, espaço que reúne na histórica cidade mineira em um único espaço galeria de arte, livraria, café, bar e restaurante, e só se tornou possível graças à parceria com o Núcleo de Estudos Marcello Grassmann – Instituição sem fins lucrativos que cuida, preserva e difunde a obra do artista nascido em São Simão, interior do estado de São Paulo.

Como parte da programação, uma conversa com Ana Elisa (Zizi) Baptista, gravadora profissional e companheira do artista por 17 anos, ocorrerá no dia 17 de dezembro de 2022, às 10h30.

Sobre o artista

Em uma carreira profissional com 294 exposições, Marcello Grassmann (São Simão, 1925 – São Paulo, 2013) realizou 23 mostras individuais internacionais, da Cidade do México, passando por Nova York, Viena, Roma a Nova Delhi, além de 58 mostras individuais no território nacional, em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Olinda, Brasília, Curitiba, Goiânia e Florianópolis. 

Dessa impressionante carreira, merecem destaque suas participações em quatro edições do mais importante evento de arte contemporânea do mundo, a Bienal de Veneza, sendo premiado em 1958, ao lado do expressionista alemão Karl Schmidt-Rottluff, além de nove participações na Bienal Internacional de São Paulo.

Sua individual mais próxima de São Joao del-Rei e demais municípios do Campo das Vertentes ocorreu há 45 anos, em 1977, na Galeria Guignard, na cidade de Belo Horizonte, o que torna a mostra “É o que parece: Marcello Grassmann”, oportunidade única para o encontro com o sensível e atemporal universo de criaturas e personagens criados por Grassmann.

Sobre o Núcleo de Estudos Marcello Grassmann

É uma instituição sem fins lucrativos, criada em 2017, tem como objetivos preservar a memória do artista gráfico Marcello Grassmann (1925-2013), promover a pesquisa da sua obra por meio de mesas de estudo, debates, gravação de entrevistas, como também a difusão de seu acervo através de seu site e canais digitais, publicações de livros e exposições cumprindo um importante papel às artes gráficas brasileira.  

Idealizado pela gravadora Ana Elisa (Zizi) Baptista (companheira do artista por 17 anos), acompanhada pela gravadora Nina Kreis (aprendiz de Marcello) e o músico Paulo Grassmann (filho do artista), fundaram o espaço, que ainda conta com a participação da produtora cultural Paula Miranda e a arte educadora Marili Serafini, localizado no centro de São Paulo.

Marcello Grassmann, reconhecido como um dos protagonistas das artes gráficas no Brasil, assim, exemplificam os muitos prêmios que lhe foram atribuídos nos mais de 60 anos de atividade dedicados à gravura e ao desenho. A obra se faz presente em museus brasileiros, internacionais e coleções particulares, uma parcela dela permaneceu em propriedade do artista durante toda sua vida.

Esse acervo foi legado a Zizi Baptista, que decidiu não apenas preservá-lo, mas também ampliá-lo por meio de aquisições, totalizando aproximadamente 2000 obras, incluídos também entalhes, matrizes, ferramentas e objetos pessoais, além da biblioteca particular do artista e livros com referências a este e sua geração.

Seviço
É o que parece: Marcello Grassmann
Abertura em 8 de outubro, às 19h
Visitação: até 17 de dezembro, sendo quarta a sexta, das 15h às 20, e sábado, das 10h às 20h
Conversa com Zizi Baptista no dia 17 de dezembro, às 10h30
ADRO galeria, rua Getúlio Vargas, 154, Centro, São João del-Rei
Gratuito