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Mineira com ‘a pior dor do mundo’ busca R$ 150 mil para eutanásia na Suíça

"Sinto dor 24 horas por dia", diz Carolina Arruda, diagnosticada há 11 anos com neuralgia do trigêmeo


Créditos da imagem: Reprodução
"Eu não tenho absolutamente nenhuma qualidade de vida, sinto dores 24 horas por dia e essas crises são quase diárias. Me ajude em busca do meu último desejo: morrer com dignidade", suplica.

Redação Sou BH

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04/07/24 às 08:56
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A mineira Carolina Arruda, de 27 anos, diagnosticada com neuralgia do trigêmeo bilateral há 11 anos, iniciou uma campanha para arrecadar recursos e buscar eutanásia na Suíça, onde o procedimento é legalizado. Após diversas cirurgias e tratamentos sem sucesso, Carolina, que vive em Bambuí, compartilhou sua decisão nas redes sociais, buscando encerrar seu sofrimento.

O que é a neuralgia do trigêmeo?

Uma condição raríssima e extremamente dolorosa, descrita como a “pior dor do mundo”. Esta doença provoca dores intensas e repentinas na face, comparáveis a choques elétricos. “A dor é tão intensa que torna impossível realizar tarefas diárias simples, manter relacionamentos ou mesmo encontrar prazer em atividades que antes eram parte da minha rotina”, desabafa Carolina.

Tentativas de tratamento

Ao longo de 11 anos, Carolina passou por quatro cirurgias, incluindo descompressão microvascular, rizotomia por balão e duas neurolises por fenolização, além de tratamentos farmacológicos com anticonvulsivantes, analgésicos opióides e antidepressivos. Contudo, nenhum desses métodos foi capaz de aliviar suas dores de forma significativa. “Cada dia é uma batalha constante e exaustiva”, lamenta a estudante de veterinária.

Decisão pela eutanásia

Diante da ausência de opções médicas eficazes e da dor insuportável, Carolina decidiu buscar a eutanásia na Suíça, através da instituição Dignitas, conhecida por oferecer essa opção a pessoas com doenças incuráveis. “Depois de esgotar todas as opções médicas disponíveis e enfrentar uma dor insuportável diariamente, tomei a difícil decisão de buscar a eutanásia como uma forma de encerrar meu sofrimento de maneira digna”, explica.

Campanha de arrecadação

Para realizar o procedimento, Carolina estima que precisará de mais de 150 mil reais, incluindo custos de viagem e médicos. Em um vídeo no Instagram, ela apelou por ajuda financeira. “Eu não tenho absolutamente nenhuma qualidade de vida, sinto dores 24 horas por dia e essas crises são quase diárias. Me ajude em busca do meu último desejo: morrer com dignidade”. A campanha, iniciada em 1º de julho, já arrecadou cerca de 30 mil reais.