Aos 70 anos, maestro é homenageado com espetáculo de Rossini em BH
Um dos grandes nomes da música de concerto no Brasil, o maestro Roberto Tibiriçá é homenageado pela Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e pelo Coral Lírico de Minas Gerais em apresentação nesta quarta-feira (20 de março), às 20h, no Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro). Aos 70 anos recém-completados, o regente convidado assume a condução dos dois corpos artísticos em interpretação de ‘Petite Messe Solennelle’, última obra do italiano Gioachino Rossini (1792-1868), celebrada entre as grandes obras da música litúrgica por sua combinação de grandiosidade e intimidade.
Paulistano, Roberto Tibiriçá começou ainda cedo como pianista e venceu por duas vezes consecutivas o Concurso de Jovens Regentes da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Foi discípulo do lendário maestro Eleazar de Carvalho (1912-1996), além de ter contado em sua formação com orientações de personagens importantes da cena nacional como Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire e Gilberto Tinetti.
Após passar pela condução de diversos corpos artísticos célebres, assumiu em 2010 como Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, onde permaneceu até 2013 – a parceria rendeu o Prêmio APCA em 2011 como Melhor Regente, somado ao trabalho de Tibiriçá junto à Sinfônica Heliópolis. No mesmo ano, o maestro recebeu a Ordem do Ipiranga e a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek, honrarias máximas concedidas pelos estados de São Paulo e Minas Gerais, respectivamente.
Roberto Tibiriçá ocupa a Cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Música também é Membro Honorário da Academia Nacional de Música, no Rio de Janeiro. Em 2022, foi nomeado Regente Titular e Diretor Musical da Orquestra Sinfônica do Paraná, e em 2023 foi agraciado com o diploma de Doutor por Notório Saber, pela UFMG.
Autor de óperas leves e cômicas, Rossini finalizou em 1863 e sob encomenda a peça de caráter religioso, cujo título se traduz como “Pequena Missa Solene”. O nome é interpretado por muitos como uma ironia fina do compositor em alusão à riqueza da composição, que também contraria o título por tratar-se de uma obra extensa.
“É uma missa que engana pelo nome, seguindo a estrutura tradicional, mas com muito mais texto. É uma obra que traz a experiência da escrita operística do Rossini para a música sacra, caso das árias, que se assemelham muito às árias de óperas”, observa o tenor Daniel Umbelino, que cantará pela primeira vez no Palácio das Artes.
À venda pela internet, os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) para todos os setores do Grande Teatro (plateias 1 e 2, plateia superior). As entradas também estão disponíveis na bilheteria do Palácio das Artes, que funciona de segunda a sábado das 12h às 21h, ou aos domingos de 17h às 20h. Mais informações: (31) 3236-7400.