Ao longo da carreira, Wilma conquistou oito prêmios de melhor atriz do estado e era considerada a primeira-dama do teatro
A atriz Wilma Henriques, de 90 anos, morreu neste domingo
(18) em Belo Horizonte de causas naturais. Considerada a primeira-dama do
teatro mineiro, Wilma morava em uma casa de repouso no bairro Planalto, na
Região Norte da capital.
Pelas redes sociais, diversas entidades culturais prestaram
homenagens à atriz. “A cena mineira se despede de um dos nomes mais
importantes do Teatro mineiro”, publicou o perfil do Galpão Cine Horto.
“Adeus Wilma. Agradecemos por seu amor dedicado a arte de
interpretar”, postou o Palco BH. “Nós do Centro de Pesquisas Teatrais
deixamos nossos sentimentos e agradecimentos por tudo o que ela fez pelo nosso
teatro!”, escreveu o Centro de Pesquisas Teatrais.
No dia 15 de fevereiro, o Sou BH publicou uma matéria sobrea homenagem feita pelo Teatro Feluma em comemoração aos 90 anos da atriz WilmaHenriques. A iniciativa buscou trazer um pouco da história da atriz mineira e
seu legado nos palcos de Minas e do Brasil.
Após quase 6 décadas dedicadas ao teatro, a atriz deixou os
palcos em 2015, aos 84 anos, após uma queda, e passou a viver em uma casa de
repouso, no Bairro Planalto, em Belo Horizonte.
A live foi transmitida no canal Youtube do Teatro Feluma e
contou com a presença da atriz, via vídeo, direto do Lar Melhor Viver. Ela
interagiu com a atriz e diretora do Sindicato dos Artistas e Técnicos Magdalena
Rodrigues, com o ator Carluty Ferreira e o dramaturgo e diretor do Teatro
Feluma Jair Raso, que conduziram o evento direto do palco.
Durante o bate-papo com Wilma Henriques, vários vídeos foram
apresentados. Foram depoimentos emocionantes de atores, diretores, produtores e
convidados que fizeram parte da trajetória da atriz. Entre eles estiveram:
Rômulo Duque, Jota Dângelo, Wilma Patrícia, Mamélia Dornelles, Eid Ribeiro,
Pedro Paulo Cava e muitos outros grandes nomes do teatro mineiro.
Breve Biografia
Wilma Henriques começou a carreira em 1959 com a produção e
apresentação do programa feminino Espelho, na extinta TV Itacolomi. Em 1962, se
mudou para a TV Belo Horizonte, hoje Globo Minas, e depois para a TV Alterosa,
onde apresentou o programa de entrevistas O Assunto É Mulher.
Sua primeira experiência nos palcos foi aos 27 anos de
idade, estreando a peça Pigmalião, substituindo Lea Delba (Elvira Bracher) e
1966 começou a carreira profissional no teatro com a peça O Macaco da Vizinha,
de Joaquim Manoel de Macedo, dirigida por Carlos Leite.
Desde 1994 integrou o grupo Cara de Palco e em 2011,
participou da Campanha de Popularização Teatro e Dança com a peça Sonhos,
dirigida por Marcos Vogel e com atores como Caluty Ferreira e Eliane Maris.
Wilma Henriques também atuou no cinema. Em 1967, foi a
personagem Laura do filme O menino e o Vento e em 1994, foi Margô em Eia e os
Homens. Em 2003, voltou a grande tela como Dona Tereza Ribeiro de Alvarenga no
filme Aleijadinho-Paixão, Glória e Suplício e em 2005 fez Beata, em Vinho de
Rosas.
Wilma ganhou 8 prêmios de melhor atriz de Minas Gerais ao
longo da carreira e entre as muitas produções que participou destaque para as
peças: “Há vagas para moças de fino trato, Fala baixo senão eu grito, A
prostituta respeitosa, Rasga coração, Navalha na carne e Ciranda de pedra” que a
projetaram.