Sanção prevê a proteção dos animais quanto aos maus tratos sofridos por exercer tal atividade em BH
Hoje, 15 de dezembro, foi votada na Câmara Municipal de Belo Horizonte a lei 142/17, que visa a proibir a circulação de veículos de tração e carroças na cidade.
Segundo Osvaldo Lopes, protetor dos animais e idealizador da Corrente do Bem pelos Animais, o projeto tem o objetivo de proteger os equinos que sofrem maus tratos ao exercerem a função de puxar carroças, em condições terríveis, sem, ao menos, receberem tratamento e alimentação adequados para a espécie. “Vemos, cotidianamente, esses animais serem abandonados quando não possuem mais serventia para os donos. E quando isso ocorre, percebemos que os cavalos já estão muito machucados devido à falta de cuidados pelos antigos donos. Por isso, o nosso projeto pretende acabar com os maus tratos aos equinos, mas, também, nos preocupamos com a família dos carroceiros”, explica.
O idealizador do projeto ressalta que algumas medidas para amparar os profissionais que depem dessa força de trabalho serão tomadas, como uma linha de crédito pelo banco BDMG, para adquirir um veículo mais automatizado, gerando, assim, uma ampliação da renda familiar.
Lopes, ainda destaca qual o destino desses animais após serem liberados do trabalho forçado. “Os cavalos poderão continuar com os seus proprietários, mas em um estado proibido de tracionar carroças em nossa capital. Já os cavalos que os carroceiros não queiram permanecer, nós já temos um espaço que a PBH criou, no bairro Capitão Eduardo, que irá abrigá-los. Como deputado, eu criei várias emendas para a causa animal, e, uma delas, é garantir que esse local receba esses equinos que foram abandonados com todos os cuidados que eles necessitam”, finaliza.