Viva Bem

Reinventar-se é a melhor forma de preparar a mente para o “novo normal”

Psiquiatra cooperado da Unimed-BH dá dicas sobre como enfrentar a rotina, reduzir o estresse e alcançar a estabilidade emocional em meio à pandemia


Créditos da imagem: Shurkin_son/shutterstock

Redação

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17/09/20 às 15:50
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Atividades culturais, industriais e estabelecimentos
comerciais fechados, além da necessidade de distanciamento e as preocupações
econômicas causadas pela COVID-19 impuseram sentimentos de incerteza em muitas
pessoas. Embora seja a melhor maneira de prevenir e reduzir os danos causados
pelo novo coronavírus, o isolamento social pode levar a um aumento na ansiedade
e na angústia, podendo resultar em reações depressivas, problemas no sono e
também afetar os indivíduos e suas relações sociais, familiares e econômicas.

Sentimentos de ansiedade ou depressão são comuns em tempos
de incerteza, portanto, ninguém deve se sentir sozinho ou envergonhado. Para o
psiquiatra cooperado da Unimed-BH, Marco Túlio de Aquino, existem maneiras de
reconhecer essas questões e de lidar com essas mudanças emocionais. “Identificar
de forma realista esses sentimentos é o primeiro passo para a recuperação”,
explica. 

De acordo com o especialista, manter uma dieta saudável,
praticar atividades físicas e dormir bem é muito importante e melhora a
imunidade. “As pessoas precisam manter uma atenção redobrada com a saúde, até
mesmo como uma ferramenta para estar com a mente aberta e mais bem preparado
para enfrentar o ‘novo normal’ que já começamos a vivenciar.” Para o
psiquiatra, reinventar-se é uma maneira efetiva de passar pela pandemia e se
preparar para o que está por vir. “A maioria de nós tem a capacidade de se
reinventar e recriar as nossas vidas. A quarentena está aí para que a gente
exerça esta capacidade. Temos a força necessária para nos tornar a melhor
versão de nós mesmos. Desenvolvermos a resiliência necessária independentemente
da situação difícil que nos encontramos no momento.” 

Aquino recomenda tentarmos ser mais flexíveis e tolerantes
com as adversidades, a fim de diminuir a pressão e nos sentirmos melhor na busca
por uma resposta mais adequada para tudo o que estamos vivendo. “Hábitos de
leitura, assistir filmes e séries, cuidar da casa, das nossas coisas. Enfim,
dar um sentido diferente a tudo o que estamos vivendo. Isso vai nos
possibilitar sair de tudo isso de uma forma muito mais tranquila”, detalha o
psiquiatra.

Ele destaca que, como não existe ainda uma data para que a
vida “retorne ao normal”, essa expectativa pode ser frustrante. “Temos que
aceitar este momento e tentar construir a melhor maneira possível de lidar com
tudo isso. Reconhecer e construir uma nova maneira de se viver, mantendo os
cuidados necessários para preservar a nossa integridade física e mental”,
finaliza.