Em mais uma edição especial da série Nossa Cidade, o Sou BH
Talks tratou sobre os desafios de nossa capital em áreas como cultura,
políticas sociais, mobilidade urbana, economia, entretenimento, saneamento
básico, meio ambiente, lazer e sustentabilidade. Para essa conversa, os
mediadores, Pati Lisboa e Rafael Oliveira, receberam dois pré-candidatos à
prefeitura de Belo Horizonte: Nilmário Mirando (PT), Ex-Ministro dos Direitos
Humanos; e Wadson Ribeiro (PCdoB), Ex-Deputado Federal, sendo ambos,
ideologicamente, considerados de esquerda.

De início, os convidados falaram sobre o despertar para a
responsabilidade social, e em como essa sensibilidade solidária colabora para a
valorização das políticas voltadas para as minorias. Nilmário contou que desde a
sua juventude percebia as desigualdades e preconceitos, por isso, para ele, não
tardou para que se envolvesse com a militância social. Já Wadson afirmou que o
despertar é um processo, e que após perceber toda a discrepância e desigualdade
social e financeira que sempre assolou o Brasil, ocorreu a ampliação de sua
consciência política.

Os planos para BH

Belo Horizonte é uma capital com constante crescimento dentro
do cenário brasileiro, mas, ainda sim, alguns entraves impedem que a cidade
tenha um aumento exponencial de suas políticas sociais, culturais e
mercadológicas, e tal fato está intimamente ligado à gestão pública. Para
Wadson, BH precisa rever o seu plano administrativo por completo. “Nós precisamos
apresentar para Belo Horizonte mais do que um plano de governo, nós precisamos
apresentar um verdadeiro plano emergencial. […] Nesse plano de emergência,
tem peso, bastante significativo, uma política de emprego e de renda, porque os
cidadãos irão precisar, devido às grandes taxas de desemprego e pessoas em
situação de rua”, comentou.

Nilmário diz que orçamentos participativos e políticas
públicas mudaram a cidade em gestões anteriores, e que tal mecanismo é
necessário ser repetido. “Nós criamos mais de 1.000 obras em periferias, obras que
mudaram as vidas das pessoas. E criamos também uma espécie de subprefeitura em
cada regional, o que facilitava a administração. Nós precisamos fazer política
focada em cada regional, com forte participação popular. Eu defendo bancos
comunitários, com moedas sociais. Eu defendo investir em muita cooperativa
popular, em economia solidária”, explicou o pré-candidato.

Além do mais, no decorrer do bate-papo, os convidados expuseram ainda
mais seus planos de governo, focando em questões como educação básica e
gratuita, transporte público de qualidade, infraestrutura urbana,
sustentabilidade e oferta de empregos. Para finalizar, os pré-candidatos
exploraram e refletiram sobre a política brasileira atual e todas as suas
especificidades e implicações. Confira o programa completo: