Cultura

Cia de Dança Palácio das Artes lança último vídeo da Trilogia do Afeto

Lançamento do conteúdo, intitulado Presente, acontece hoje (27), nas redes sociais da Fundação Clóvis Salgado


Créditos da imagem: Fizkes/shutterstock

Redação

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27/06/20 às 16:00
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Isolamento social, instabilidade emocional, dificuldades financeiras, mudança de rotina, violência racial, recorde de mortes, silêncios e incertezas. Presente.

 

Foi pensando nesse turbilhão de sensações coletivas que a Cia de Dança Palácio das Artes (CDPA) criou o último vídeo da Trilogia do Afeto, série que integra o projeto Palácio em sua Companhia, da Fundação Clóvis Salgado. O lançamento acontece hoje (27), nas redes sociais da Fundação Clóvis SalgadoA série da CDPA foi iniciada em 29 de abril, para comemorar o Dia Internacional da Dança, com o vídeo Abraço. Em maio, foi a vez de estrear o vídeo A Saudade, sendo encerrada agora com o vídeo Presente.

 

Abraço e A Saudade trazem similaridades estéticas fundamentadas na delicadeza e na esperança para retratar questões como a solidão e a falta de perspectiva. Já o vídeo Presente, em certa medida, rompe com esse caminho estético ao apresentar uma obra mais direta e densa, embora Cristiano Reis, diretor da Cia. de Dança Palácio das Artes, ressalte que, assim como nos vídeos anteriores, Presente é também uma evocação à esperança.

 

“Presente chega em um momento no qual as pessoas estão saturadas do confinamento e desejando voltar à “vida normal”, mas, ao mesmo tempo, tendo a consciência da necessidade de continuarmos o distanciamento social como forma de prevenção e cuidados de cada um para com todos. Além disso, o vídeo retrata a nossa atualidade marcada por acontecimentos sociais de violência. Naturalmente, o artista vai trazer essas questões densas para seu corpo e sua arte, tentando expressar o que as pessoas estão sentindo. Por isso, este vídeo é uma forma de dar voz coletiva e ser um grito silencioso na busca de resistência e de fé”, observa Cristiano.

 

Presente é uma criação coletiva que reúne 20 bailarinos da Cia. de Dança Palácio das Artes. Cada artista gravou sua participação da própria casa, cumprindo o distanciamento social. A trilha sonora é assinada por Dan Maia e traz sons, ecos, silêncios, ruídos, frases dos bailarinos interpretadas por Leandro Garcia, além de pequenos trechos de poemas contemporâneos escritos por Sérgio Vaz, Cláudia Lobo, Julia Panadés e Mariângela Caramati. As declamações ficaram a cargo de Garcia, Caramati e Lobo.