Associação Pequeninos do Amor atende cerca de 150 crianças e adolescentes no bairro Olhos D/Água e Pilar, na capital mineira
Solidário no dicionário é alguém que está disposto a ajudar, acompanhar ou defender outra pessoa numa dada circunstância. É quem se compadece com as dificuldades e sofrimentos do outro. São esses significados que definem Dinorá Nunes, moradora do bairro Pilar, em Belo Horizonte. Há mais de uma década, Dinorá tem ajudado a sua comunidade que vive em situação de vulnerabilidade social. “Comecei ajudando apenas três crianças, dentro da minha própria casa, porque vi como era a situação delas com pais drogados e incapazes de dar o mínimo sustento”, revela.
Aos poucos, Dinorá viu que muitas outras crianças e adolescentes do seu bairro necessitavam de um suporte no dia a dia, pois, de acordo com ela, a maioria não tinha nem o que comer em casa. Atualmente são atendidos cerca de 150 crianças e jovens de 4 a 17 anos. “Agora com essa pandemia, infelizmente, tivemos que suspender as atividades que oferecíamos como aulas de inglês, dança, capoeira e artesanato. Mas, a alimentação não podemos parar, pois sabemos que as doações que recebemos e oferecemos são muito importantes para essas crianças”, diz Dinorá.
Por causa da pandemia, as crianças e adolescentes não estão podendo fazer as aulas extraclasse, mas, a distribuição diária dos pães é oferecido a todas as famílias do projeto, além de cestas básicas que são arrecadadas e repassadas para as famílias carentes. No mês de maio, 170 cestas foram arrecadadas e distribuídas de acordo com a necessidade de cada família “Mesmo em tempos de dificuldade, estamos vendo que as pessoas não param de ajudar. Esses alimentos, cobertores e itens de limpeza e higiene ajudam demais, pois como moro no bairro, conheço a realidade de cada casa, das pessoas que são realmente carentes”, finaliza Dinorá.