Segundo a reprogramadora Beth Russo, somos resultado de crenças e podemos transformar presente e futuro através da consciência
“A paz
começa comigo. Os meus problemas são
memórias que se repetem no meu subconsciente. Os meus problemas não têm nada a ver com uma pessoa, lugar ou
situação. Eles são o que Shakespeare poeticamente assinalou em um dos seus sonetos
como “antigas aflições renovadas””. O trecho do livro Limite Zero, de Ihaleakala
Hew Len e Joe Vitale, não poderia ser mais adequado ao atual momento de
transformação da Terra. Olhar para dentro de si, encontrar o seu “EU” e ter a
consciência de que você é o responsável por tudo aquilo que acontece ao seu
redor, é o primeiro passo para se curar e, como consequência, curar a
humanidade. Entretanto, estar presente, viver o agora e se entender cocriador,
não é um papel simples para a maioria das pessoas. Por isso, o Sou BH, em uma
entrevista mais que especial, conversou com a reprogramadora mental e motivacional
Beth Russo.
Beth, durante mais de 25 anos, trabalhou como
corretora de imóveis. Segundo a própria, sempre batalhou muito e acreditava que
as lutas do dia a dia e a “guerra” por uma vida melhor eram necessárias. “Eu
venho de uma família com crenças altamente limitadoras. Eles tiveram uma vida
muito difícil e, desde sempre, a gente ouvia que a vida era complicada”, conta
a profissional, acrescentando que toda aquela carga emocional refletiu
durante anos em sua vida. “Consequentemente, eu acreditava que viver era lutar,
era estar numa guerra sem fim e na minha atividade profissional, eu tinha muita
dificuldade de fazer negócios. Todo mundo dizia: “guerreira, Beth”. Era auto
sabotagem. Aquilo confirmava todas as minhas crenças”, completa.
Russo, por outro lado, nunca se manteve
acomodada e foi por meio de questionamentos a si própria, que uma virada
aconteceu em sua vida. “Eu sempre fui muito buscadora, estudei muito e parei
para perceber como a realidade das pessoas era diferente. Eu pensava: Deus não
pode ser tão injusto. Faz alguns viverem no ‘bem bom’ e outros passarem tantos
‘perrengues’. E estudando, fazendo cursos e treinamentos, passei a entender
como a vida funcionava. Nessa mecânica quântica, percebi que Deus te dá a
liberdade de escolha: você colhe os resultados, pelas escolhas que fez”,
revela.
Como
nada acontece por acaso, na procura incessante por respostas, certo dia, Beth
recebeu um e-mail sobre o ho’oponopono, uma prática havaiana, com vista à
reconciliação e ao perdão, sem ligações religiosas. “Achei aquilo fantástico.
Comprei livros, estudei e comecei a praticar, mas não consegui manter aquele
exercício, mesmo percebendo que era algo sensacional”, pontua. No propósito de
continuar buscando respostas, Russo encontrou outras ferramentas que começaram
a fazer mais sentido em sua vida. “Enquanto ainda fazia meus cursos, conheci o
japa-mala de 108 contas (cordão sagrado, usado para ajudar o praticante de
meditação a entrar no estado meditativo) e o potencial que ele tem de manter a
conexão com o divino que habita em nós. Aí, voltei a fazer a prática do
ho’oponopono com o japa-mala e foi a maneira que encontrei de me conectar. Foi
algo intuitivo, mas o que fez sentido pra mim”, explica.
Ainda
de acordo com a reprogramadora, o mais importante em qualquer tipo de prática é
a conexão. Estar presente e entender que aquilo faz sentido para pessoa, é algo
transformador e uma ferramenta poderosíssima. A partir desse aprendizado e de
outras intuições, Beth adaptou o mantra original e criou o ho’oponopono mágico.
Na nova versão, ela acrescentou o “abençoar” – tudo que é abençoado não pode
ser amaldiçoado; inseriu o nome ou apelido ao qual o praticante se sente mais
conectado – o nome é um mantra que faz ligação com o divino; e inverteu as
frases “sou grato” e “eu te amo” – encerrando com o amor absoluto.
Vale
ressaltar, que a limpeza interior de crenças limitantes do ho’oponopono mágico tem
ligação com “o todo”. Segundo Beth, quando a pessoa coloca a intenção – sem
terceiras intenções –, ela é capaz de modificar toda a sua realidade. “A vida é
um reflexo de tudo o que você imaginou desde que nasceu. O hoje é fruto de um
pensamento do ontem e o amanhã você cria agora”, lembra.
Conheça
as versões para mulheres e para homens:
A prática coletiva
Assim
como somos responsáveis individualmente por tudo o que acontece a nós, a mesma
responsabilidade se converte para o coletivo. O novo coronavírus tem deixado
muitas pessoas em pânico, mas essa situação é uma autolimpeza da Terra, baseada
em toda a vibração que, durante séculos, os seres humanos emanaram. “As pessoas
precisam sair da situação de medo, precisam se conectar às boas energias e essa
vibração é que vai transformar o que está acontecendo. Não é preciso que todos
façam isso, mas se 10% das pessoas fizerem, a transformação será gigantesca”,
afirma Beth.
Para a
reprogramadora, tudo o que está acontecendo trará mais consciência, amor e
gratidão à humanidade. “Eu acredito que tudo isso irá resultar em coisas
positivas. As pessoas serão mais unidas, poderão entender que coisas
maravilhosas estão chegando e que cada um é capaz de realizar os seus sonhos
sem medo”, completa.
Por
fim, Beth deixa uma mensagem aos leitores do Sou BH. “A consequência mais
desastrosa de tudo o que está acontecendo, não é um vírus, não é a
paralisação, não é nada disso. Mas, sim, o medo que as pessoas possam sentir. O
medo traz resultados gravíssimos, porque magnetiza situações para confirmá-lo.
Então, a melhor coisa que cada um pode fazer é se conectar com seu sonho.
Imagine que na sua vida, aquilo que você quer experienciar, está acontecendo
agora. Desfrute esse momento. Tire a atenção de tudo aquilo que não é gostoso e
te traz preocupação. É preciso encontrar o porquê agradecer e esse ‘por quê’,
pode ser uma pessoa amada, pode ser um talento ou qualquer coisa que te faça
bem”, finaliza.