Variedades

Facebook restringe transmissões ao vivo de quem violar regras

A medida tem o objetivo de dificultar a propaganda de organizações ou indivíduos que exaltam a violência


Créditos da imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Agência Brasil

|
16/05/19 às 14:59
compartilhe

O Facebook anunciou novas medidas de limitação de um de seus
principais recursos de publicação de vídeos. Pessoas que violarem as principais regras sobre conteúdos compartilhados na rede social ficarão proibidas de
divulgar transmissões ao vivo – as chamadas lives – por um período
determinado.

A medida é um acréscimo às possibilidades de punição já
existentes. Atualmente, os usuários que desrespeitam as políticas da
plataforma podem ter a
publicação removida, a conta suspensa por um certo período ou até mesmo a conta
banida.

A partir da nova decisão, quem infringir
as políticas sobre organizações e indivíduos perigosos, por exemplo, fica proibido
de fazer lives. As normas, que fazem parte dos Padrões da Comunidade,
proíbem a presença de “organizações ou indivíduos que proclamam uma missão
violenta ou estão engajados em violência”.

Entre essas práticas e perfis estão organizações criminosas,
grupos organizados em defesa do ódio a um determinado segmento (supremacistas),
promotores de crimes e assassinatos em massa e tráfico de pessoas.

A decisão é uma resposta às críticas ao Facebook sobre a
transmissão do assassinato em massa e um ataque a mesquitas na cidade de
Christchurch, na Nova Zelândia. O massacre aconteceu em março deste ano e vídeos
mostrando os tiros circularam na rede social, que foi fortemente questionada e
criticada por políticos, organizações de direitos humanos e cidadãos de todo o mundo.

Pesquisa

No anúncio da medida, o vice-presidente de Integridade do
Facebook, Guy Rosen, informou que a empresa também vai investir em pesquisas
voltadas à melhoria de tecnologias de análise de vídeo e áudio. Sistemas desse
tipo monitoram os conteúdos publicados e as transmissões ao vivo para remover
aquelas consideradas em desacordo com as políticas ou para alertar avaliadores,
que podem retirar o vídeo ou mensagem e aplicar outras punições.

Rosen disse que no caso de Christchurch, o vídeo do massacre
foi alterado para “enganar” os sistemas e foi novamente postado após já ter
sido derrubado. O vice-presidente anunciou que a empresa investirá US$ 7,5
milhões (cerca de R$ 30 milhões) em pesquisas acadêmicas voltadas a esse tipo
de tecnologia.