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Estudantes criam perfil no Instagram para divulgar pesquisas e projetos feitos na UFMG

A iniciativa funciona como uma plataforma que aproxima o público do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores da universidade


Créditos da imagem: Foca Lisboa/UFMG

Júlia Alves

|
10/05/19 às 19:34
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Uma oportunidade de mostrar o trabalho que está sendo feito na
Universidade Federal de Minas Gerais. Esse é o objetivo do projeto de três
mestrandas do curso de Geografia da universidade. Com um perfil no Instagram, o UFMG Pesquisa já
conta com quase 9,3 mil seguidores e continua conquistando o público ao dar mais
publicidade e divulgação para o que é produzido na academia.

A iniciativa funciona como uma plataforma que aproxima o público dos pesquisadores da UFMG. Uma das
idealizadoras do perfil, a mestranda em Geografia Física Luísa Ferreira, já
participou de vários projetos da federal desde sua graduação em 2014, mas
reconhece que a sociedade civil, muitas vezes, não compreende o valor dessas
pesquisas.

“Sempre achei significativo o que era feito dentro da universidade,
mas as pessoas que estão fora, às vezes, não entendem isso, não sabem o que é
feito e não dão o devido valor. Então queríamos mostrar o nosso trabalho e
expor a importância das pesquisas elaboradas na UFMG”, conta a geógrafa.

De acordo com Luísa, os cortes de 30% na verba das universidades públicas do país também
foram grandes motivadores por trás do projeto. Apesar da vontade de divulgar o trabalho já
existir, a medida do Governo Federal foi um estopim
para colocar a iniciativa em prática.

“A ideia era que o perfil entrasse no ar na quarta, então segunda
e terça nos organizamos e montamos tudo. Queríamos que estivesse bem organizado, já que o objetivo é atender aos alunos de todos os cursos e realmente dar uma oportunidade para que pesquisas de diferentes áreas ganhem
espaço”, afirma.

Falando com
diferentes públicos

Traduzir a linguagem técnica da academia para todos os tipos
de perfis e pessoas. Essa tarefa não é fácil, mas, segundo a geógrafa, uma
plataforma tão popular quanto o Instagram e um diálogo mais próximo do público
estão se mostrando capazes de fazer isso muito bem.

“Queríamos que o conteúdo fosse consumido facilmente pelo
público em geral e reproduzido por outras pessoas fora do ambiente acadêmico. Às
vezes trabalhamos muito dentro da academia, que tem uma linguagem muito técnica,
e acabamos esquecendo que nem todos possuem esse conhecimento específico. Então,
usar uma plataforma tão popular quanto o Instagram, além de uma linguagem
simplificada e imagens interessantes, era essencial”, pontua Luísa.

O esforço já está gerando resultados. Com mais de 9 mil
seguidores em apenas dois dias de existência, a recepção do público da universidade
e fora dela está bastante positiva, como comenta a mestranda.

“Tivemos muito apoio
de professores, grupos de pesquisa da universidade, alunos e de pessoas fora da
academia, que também querem que outros vejam o trabalho feito nas universidade
públicas”.

E, com tanta popularidade, as geógrafas por trás do perfil
já pensam em aumentar a equipe. A estudante conta que estão recebendo várias propostas
de pessoas interessadas em participar da iniciativa. Mas, por enquanto, o crescimento é apenas uma ideia.

Como ter seu projeto
divulgado?

Para os interessados em divulgar suas pesquisas e trabalhos
desenvolvidos na universidade, existem três tipos de formulários: um para
projetos de extensão, que são as clínicas e laboratórios que atendem a
comunidade fora da UFMG; outro para os núcleos de pesquisa, que focam em temas específicos
de cada curso e contam com a participação de alunos e professores; e, por fim,
um para as pesquisas individuais, que são os trabalhos de conclusão de curso,
projetos de mestrados e doutorados, entre outros.

Os questionários estão disponíveis para os estudantes no perfil. Os interessados devem preencher as informações gerais sobre o projeto e enviar o formulário. Dessa forma, a equipe do
UFMG Pesquisa tem acesso ao material necessário para fazer os posts.

Com esse pontapé inicial, as mestrandas já estudam a
possibilidade passar o projeto para outras plataformas, mas, por
enquanto, estão focadas no contexto local de BH e mostrar aos belo-horizontinos como o
trabalho da universidade pode sim influenciar e beneficiar o seu dia a dia.