Projeto Criança que Chia oferece assistência e medicamentos para os pequenos belo-horizontinos que sofrem com a doença
Com o período de tempo seco chegando novamente, a
preocupação de muitos pais com as doenças respiratórias dos filhos também
volta. Em BH, cerca de 25% das crianças têm asma, sendo que, desse total, até
80% também têm rinite alérgica. E, nesta terça-feira (7), Dia Mundial da Asma,
algumas recomendações de especialistas e números relevantes sobre a doença mostram
a importância do cuidado com as pessoas que sofrem com a condição.
Em Minas Gerais, a faixa etária com mais internação pelo SUS
é a de crianças com um a quatro anos, somando 3.036 em 2018 e, até o momento, 193 em
2019. O total de internações foi de 631 neste ano. Em 2018 foram 8.856 entre
todas as faixas de idade.
Os sintomas e os
agravantes
Porém, independentemente da idade, os sintomas são muito
característicos. Tosse seca, chiado no peito, dificuldade para respirar,
respiração rápida e curta, desconforto torácico e até mesmo a ansiedade. Isso
sem mencionar algumas complicações que a doença pode causar, tais como a
capacidade reduzida de se exercitar ou fazer outras atividades, insônia,
sequelas pulmonares permanentes e internações frequentes.
Mesmo com as reações clássicas, “os sintomas podem variar
muito de pessoa para pessoa. Em épocas mais frias e com baixa umidade do ar, os
sintomas são mais frequentes”, explica o pneumologista e pediatra do Hospital
Felício Rocho, Dr. Wilson Rocha Filho.
Mas algo é constante, cerca de 80% das pessoas com asma, segundo
o Ministério da Saúde, apresentam sintomas quando em contado com substâncias
transportadas pelo ar. Poeira, poluição, mofo, pelos de animais e fumaça
de cigarro são alguns exemplos. “Ao serem inalados, esses agentes irritam os
brônquios, levando a uma crise. Além disso, infecções virais também podem desencadear
uma crise de asma”, conta Dr. Wilson.
Opções gratuitas de
tratamento
Para combater as complicações e a falta de tratamento
correto da doença, a Secretaria Municipal da Saúde criou um programa voltado
para as crianças que sofrem com a asma. O Criança que Chia funciona
gratuitamente, ofertando assistência integral e acompanhamento com
profissionais da equipe de saúde da família no centro de saúde mais próximo da
residência da criança.
O objetivo principal do programa é reduzir a mortalidade por doenças
respiratórias na infância, particularmente por pneumonia e asma, além
de controlar os casos a partir do vínculo do paciente às unidades básicas de
saúde para acompanhamento regular e preventivo.
Propondo uma maior abrangência, o
programa identifica a população de asmáticos na área de cada unidade de saúde e
estimula os usuários a serem acompanhados pela equipe. Se o asmático tiver a
forma persistente da doença, serão fornecidos gratuitamente medicamentos
inalatórios e espaçador ao paciente. A medida tem o objetivo de evitar a procura por atendimentos
emergenciais em ambulatórios de urgência e hospitalizações.