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Brasil não terá mais horário de verão a partir deste ano

Governo justificou que havia pouca efetividade na economia energética e danos ao relógio biológico das pessoas


Créditos da imagem: João Paulo Vale

Agência Brasil

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25/04/19 às 18:53
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O Governo Federal acabou, oficialmente, com o horário de verão. A decisão foi baseada numa recomendação do Ministério de Minas e Energia,
que apontou pouca efetividade na economia energética. Além disso, estudos da
área da saúde, pontuam que o horário de verão afeta negativamente o relógio biológico
das pessoas.

De acordo com o secretário de Energia Elétrica do MME,
Ricardo Cyrino, a economia de energia com o horário de verão diminuiu nos
últimos anos e, em 2019, estaria perto da neutralidade. “Na ótica do setor
elétrico, deixamos de ter o benefício”, disse.

Cyrino ainda afirmou que o horário de verão foi criado com o
objetivo de aliviar o pico de consumo, que era em torno das 18h, e trazer
economia de energia na medida em que a iluminação solar era aproveitada por
mais tempo.

“Com a evolução da tecnologia, iluminação mais eficiente,
entrada de ar-condicionado, que deslocou o pico de consumo para as 15h, e
também a substituição de chuveiros elétricos por aquecimento solar, por exemplo,
que coincidia com a iluminação pública às 18h, deixamos de ter a economia de
energia que havia no passado e o benefício do alívio no horário de ponta, às 18h”,
explicou.

O histórico

O horário de verão foi criado em 1931 e aplicado no país em
anos irregulares até 1968, quando foi revogado. A partir de 1985, foi novamente
instituído e vinha sendo aplicado todos os anos, sem interrupção. Normalmente,
o horário de verão começava entre os meses de outubro e novembro e ia até
fevereiro do ano subsequente, quando os relógios deveriam ser adiantados em uma
hora em parte do território nacional.

O secretário afirmou ainda que nos últimos 87 anos de
instituição do horário de verão, por 43 anos o país ficou sem adotar a medida e
que ela pode ser instituída novamente no futuro. “Tivemos muitas alternâncias.
Vamos continuar fazendo avaliações anuais e nada impede que, no futuro, caso
venha a ser conveniente na ótica do setor elétrico, vamos sugerir novamente a
introdução do horário de verão. Por hora, ele não faz mais sentido”.