Mostra gratuita 'Identidades' segue no Centro Cultural UFMG até 3 de novembro
Memória e esquecimento são fios condutores de ‘Identidades’, exposição da artista visual Giulia Souza que entra em cartaz nesta sexta-feira (4 de outubro), às 19h, no Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174 – Centro). A mostra reúne fotos de vítimas da ditadura militar, pessoas que foram mortas ou desaparecidas por ação do regime que vigorou de 1964 a 1985.
As imagens são marcadas por intervenções da artista, que traduzem o conceito do projeto. “A exposição apresenta fotografias de algumas das vítimas que foram mortas ou desaparecidas durante a Ditadura Militar, com seus rostos cobertos por manchas pretas, simbolizando o ocultamento das pessoas que foram silenciadas de maneira brutal. Essa cobertura também representa a tentativa de ocultar a história por muitos anos, privando as gerações futuras da oportunidade de entender o que aconteceu ao longo desse período”, explica Giulia.
Ao longo de seu trabalho, Giulia Souza costuma relacionar-se com as ideias de tempo, fragmentos e morte. Em ‘Identidades’, estes conceitos conduzem a uma reflexão sobre a lembrança enquanto um exercício, voluntário ou involuntário, e sua importância para a existência humana.
“A memória não é apenas um devaneio, é um processo que exige esforço. Após refletir sobre isso, podemos nos questionar sobre o que seria de nós sem a capacidade de lembrar. Seríamos capazes de realizar nossas tarefas diárias, estudar ou simplesmente voltar para casa regularmente? Ou teríamos que aprender tudo novamente a cada dia?”, provoca a artista.
A exposição ‘Identidades’ segue aberta em BH até o dia 3 de novembro, com entrada gratuita e sem retirada de ingressos, no Centro Cultural UFMG. Visitação de terças a sextas, das 9h às 20h, ou aos sábados, domingos e feriados de 9h às 17h. Classificação: livre.