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Exposição ‘Lembra: Isto é Rio’ reúne fotos de nascentes e águas urbanas da RMBH

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Data e Hora Indefinido


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Até 30 de junho (domingo), as grades que cercam o Parque Municipal na Avenida Afonso Pena recebem 19 fotos que compõem a exposição 'Lembra: Isto é Rio', de André Carvalho. O artista foi convidado pela Escola de Arquitetura da UFMG para registrar imagens de cachoeiras, nascentes, margens e matas do Ribeirão Arrudas, do Ribeirão da Onça e de seus afluentes, em um percurso que abrange BH, Contagem e Sabará. Com pontos de luz instalados ao longo do percurso, as ampliações ficam disponíveis para contemplação do público também no período da noite.

A exposição é uma maneira de compartilhar belezas e potencialidades das águas urbanas e de seus cuidadores, muitas vezes invisibilizados na cidade. Além da poluição por esgotos, hoje grande parte dos rios e córregos das bacias hidrográficas está canalizada e encoberta por ruas e avenidas. Por isso, os lugares e pessoas retratados são também convites a um mergulho demorado nessas águas.

Roteiro começa em casa e abraça águas da RMBH

Carvalho partiu de sua casa, à beira do Córrego do Capão, em Venda Nova, e foi ao encontro de paisagens de águas e dos seus habitantes. Encontrou-se com pessoas que são referência de uma política ambiental praticada no dia a dia, na luta e na lida cotidiana pela sobrevivência de cursos d'água: Cercadinho, Ferrugem, Capão, Acaba Mundo, Joões, Izidora, Onça, Arrudas, Brejinho, Maria Brasilina, Tamboril, Bom Jesus. 

Córrego do Capão, em Venda Nova, serviu como ponto de partida para a excursão do fotógrafo André Carvalho

A coleção de imagens exposta no Parque Municipal convida a um mergulho demorado pelas experiências de cuidado e belezas existentes nesses territórios, com o intuito de extrapolar uma visão pessimista da água urbana, que a ressalta em suas precariedades, como sinônimo de água suja. Cuidar das bacias do Arrudas e do Onça é cuidar da saúde e do bem-estar da população da Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas é também muito mais: é trabalhar para que água de qualidade e em quantidade seja entregue para o Rio das Velhas, para o Rio São Francisco e para os oceanos.

Lembrar que ali resiste um curso d'água

O nome da exposição é uma referência à frase pixada pelo artista Comum, nas vigas de concreto do canal do Ribeirão Arrudas, na região central de Belo Horizonte. A afirmação, que deveria ser óbvia, parece necessária quando, cada vez mais, perdemos a compreensão da nossa relação com as águas (e com a terra, com as plantas, com os bichos). 

Lembrar não apenas um passado saudoso e romântico, mas ressaltar aquilo que ainda é, e tem toda a possibilidade de seguir sendo: rio. Esta ação integra o projeto de extensão Lembra: isto é rio, da Escola de Arquitetura da UFMG. Os registros fotográficos foram realizados entre o verão de 2023 e o outono de 2024. 

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Até 30 de junho (domingo), as grades que cercam o Parque Municipal na Avenida Afonso Pena recebem 19 fotos que compõem a exposição ‘Lembra: Isto é Rio’, de André Carvalho. O artista foi convidado pela Escola de Arquitetura da UFMG para registrar imagens de cachoeiras, nascentes, margens e matas do Ribeirão Arrudas, do Ribeirão da Onça e de seus afluentes, em um percurso que abrange BH, Contagem e Sabará. Com pontos de luz instalados ao longo do percurso, as ampliações ficam disponíveis para contemplação do público também no período da noite.

A exposição é uma maneira de compartilhar belezas e potencialidades das águas urbanas e de seus cuidadores, muitas vezes invisibilizados na cidade. Além da poluição por esgotos, hoje grande parte dos rios e córregos das bacias hidrográficas está canalizada e encoberta por ruas e avenidas. Por isso, os lugares e pessoas retratados são também convites a um mergulho demorado nessas águas.

Roteiro começa em casa e abraça águas da RMBH

Carvalho partiu de sua casa, à beira do Córrego do Capão, em Venda Nova, e foi ao encontro de paisagens de águas e dos seus habitantes. Encontrou-se com pessoas que são referência de uma política ambiental praticada no dia a dia, na luta e na lida cotidiana pela sobrevivência de cursos d’água: Cercadinho, Ferrugem, Capão, Acaba Mundo, Joões, Izidora, Onça, Arrudas, Brejinho, Maria Brasilina, Tamboril, Bom Jesus. 

Córrego do Capão, em Venda Nova, serviu como ponto de partida para a excursão do fotógrafo André Carvalho

A coleção de imagens exposta no Parque Municipal convida a um mergulho demorado pelas experiências de cuidado e belezas existentes nesses territórios, com o intuito de extrapolar uma visão pessimista da água urbana, que a ressalta em suas precariedades, como sinônimo de água suja. Cuidar das bacias do Arrudas e do Onça é cuidar da saúde e do bem-estar da população da Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas é também muito mais: é trabalhar para que água de qualidade e em quantidade seja entregue para o Rio das Velhas, para o Rio São Francisco e para os oceanos.

Lembrar que ali resiste um curso d’água

O nome da exposição é uma referência à frase pixada pelo artista Comum, nas vigas de concreto do canal do Ribeirão Arrudas, na região central de Belo Horizonte. A afirmação, que deveria ser óbvia, parece necessária quando, cada vez mais, perdemos a compreensão da nossa relação com as águas (e com a terra, com as plantas, com os bichos). 

Lembrar não apenas um passado saudoso e romântico, mas ressaltar aquilo que ainda é, e tem toda a possibilidade de seguir sendo: rio. Esta ação integra o projeto de extensão Lembra: isto é rio, da Escola de Arquitetura da UFMG. Os registros fotográficos foram realizados entre o verão de 2023 e o outono de 2024.