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Exposição 'Na boca da mata Ah', de Carolina Botura, na Casa Fiat de Cultura

Casa Fiat de Cultura

Exposição 'Na boca da mata Ah', de Carolina Botura, na Casa Fiat de Cultura

Evento encerrado
  • Gratuito

Data

10/08/21 até 10/08/21

Ter | 21:00 - 22:00

19/08/21 até 19/08/21

Qui | 18:00 - 19:00

26/08/21 até 26/08/21

Qui | 21:00 - 22:00

02/09/21 até 02/09/21

Qui | 18:00 - 19:00

09/09/21 até 09/09/21

Qui | 21:00 - 22:00

16/09/21 até 16/09/21

Qui | 18:00 - 19:00

23/09/21 até 23/09/21

Qui | 21:00 - 22:00


Créditos da imagem: Carolina Botura
Em suas obras, a artista Carolina Botura constrói pontes para um mundo cada vez mais sensível e conectado com a natureza
Em suas obras, a artista Carolina Botura constrói pontes para um mundo cada vez mais sensível e conectado com a natureza

Na exposição virtual “Na boca da mata Ah”, a artista plástica Carolina Botura, selecionada no 4º Programa de Seleção da Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura, propõe uma atmosfera de encantamento, convidando o público a sentir essa conexão universal e reforçando que uma das questões mais importantes a ser considerada, atualmente, é a nossa relação dissociada com o meio ambiente. Um grande portal de sementes, cinco pinturas, e uma instalação 3D navegável compõem a experiência, que poderá ser apreciada entre os dias 10 de agosto e 26 de setembro de 2021 no site e nas redes sociais da Casa Fiat de Cultura. A abertura da mostra será marcada por um bate-papo ao vivo com a artista, transmitido online no dia 10 de agosto, às 19h, com retirada gratuita de ingressos pela Sympla. Completam a programação, visitas virtuais com mediação ao vivo, vídeo da artista e tour virtual pela exposição.




As reflexões sobre a trama da criação e os movimentos de transformação fazem parte não somente do que aparece na exposição “Na boca da mata Ah”, mas de toda a pesquisa da artista. No processo de criação de suas obras, Carolina Botura busca adentrar a consciência da planta, seguindo um fluxo aberto e permeável. A partir de então, a artista conta que, em uma relação de muita escuta, cada pintura vai revelando de onde vem e como quer ser pintada. “Em algumas, eu atravesso essa primeira expressão mais marcada de pincelada e adiciono camadas, já outras parecem nascer finalizadas, sendo que todas são modificadas pelas demais. A multiplicidade de faturas afirma a diversidade que compõe e assegura a vida do planeta. Sinto que as figuras parecem ser várias plantas em uma, ou uma que são várias, revelando essa fronteira ilusória de que seríamos separados. Não conseguimos identificar muito bem onde termina uma e começa outra. Talvez por isso a semente seja uma peça chave de toda essa mostra, pois nela está contido todo o ciclo de vida, um continuo centro de energia. observa Botura.

As sensações que as cores e suas misturas provocam são também muito importantes neste processo criativo, que tem o verde como ponto de equilíbrio e como centro do conceito da exposição. “O verde nos faz bem, equilibra a profundidade e frieza do azul e a expansividade e o calor do amarelo. Sempre voltamos revigorados e serenos do encontro com o verde”, reflete Carolina, que tem como um dos eixos de suas investigações a associação de partes e polaridades. De forma intuitiva e resgatando até mesmo as memórias de sua infância, ela prepara sua paleta de verdes, que vai desde os mais profundos aos mais vivos, e suas infinitas variações, com toques de azul celeste e violeta.

A curadora da mostra, Marina Câmara, destaca que para pensar no processo criativo de Botura é preciso superar a noção de gesto criador, e compreendê-lo como um processo de coescuta, de observação sensível ou de retroalimentação. Para a curadora, “não podemos perder de vista que é sempre um processo de, no mínimo, dois sentidos: do que vemos e do que nos olha, ou, melhor ainda, do que sente e do que é sentido”.

A exposição “Na boca da mata Ah” é uma realização da Casa Fiat de Cultura, com apoio do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, patrocínio da Fiat, do Banco Safra e da Gerdau, copatrocínio da Expresso Nepomuceno, da Sada, do Banco Fidis e do Mart Minas. A mostra tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (Iepha), do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio cultural do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil, da Brembo e da Gal.

Sobre as obras

A exposição “Na boca da mata Ah” é composta por um portal de sementes, uma obra virtual e cinco pinturas. A tela que leva o mesmo nome da exposição apresenta estruturas abertas, grandes bocas e portais, plantas infinitas que representam o fluxo de generosidade doadora e receptora da natureza. Carolina Botura explica que o “ah” exclama a contemplação, a admiração. “É um ‘ah’ de abrir a boca e deixar o verde entrar e, sonoramente, também corresponde ao ‘há’, do verbo existir: na boca da mata existe!”, completa. Já no grande portal de sementes construído pela artista, cada semente está ali como a marca do atravessamento de um tempo que fala da presença, da calma, de estar onde se está, sendo este o lugar que contém em si o passado e o futuro, a carga genética e o devir da planta.

A obra virtual é uma instalação 3D navegável, em que uma balsa de cristal de sementes é guiada por uma flor, que flutua em águas calmas em uma dimensão de luz que foi criada com os artistas Marcelo Padovani e Sandro Coelli. Para a artista, é como uma estrutura angélica guardiã de sementes que viaja levando-as para diferentes dimensões. Compõe o ambiente, no qual será possível vivenciar a passagem do dia e da noite e outros detalhes, uma peça sonora que envolve flautas japonesas de bambu, chamadas Shakuhashis, que são tocadas pelo músico Tiago Miotto, e sementes e diferentes plantas tocadas por Botura, em ambientação e edição de Henrique Iwao.

Lista de obras

  • Na boca da mata Ah (2021)
  • A grande flor iluminada (2021)
  • Sheila (2021)
  • Atandariv (2021)
  • Parque das trepadeiras (2020)
  • Portal de sementes (2021)
  • Balsa (2021)

Carolina Botura                                            

Carolina Botura é artista visual, performer, poeta e mestre em reiki. Graduada em Pintura e Escultura pela Escola Guignard – UEMG, é coidealizadora do dispositivo VESPA (via de experimento em performance e ação), e compõe o coletivo plástico sonoro POÇA. Suas práticas estão voltadas para a vivencia das linguagens como um ecossistema sem fronteiras. Formalmente, investiga as relações entre unidade e fragmento abordando temas que envolvem natureza, espiritualidade, sexualidade, vida e morte. Dentre suas exposições individuais estão: Casa para um Animal – BDMG Cultural [2017]; As coisas quando não são mais elas – Memorial Minas Vale [2018]; Amantes [in: Híbrida] – Fundação Clóvis Salgado [2019/20] e Na boca da mata Ah – Casa Fiat de Cultura [2021]. Possui obras nos acervos do BDMG Cultural e da Fundação Clóvis Salgado.

Participou de residências como Co-Habitar al cuerpo em Valparaíso, no Chile; Línea Imaginária em Quito, no Equador; RAM em Altamira/MG; Fronteira em Puerto Aguirre/Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, MIP – Manifesto Internacional de Performance (MG). Participou de coletivas como Video-formes – Clearment Ferrand na França, La presencia de lo Efimero – Queretaro- México;  Salão Nacional de artes da Colômbia – Bogotá – Colômbia ;  Hélice- Festival Internacional de Performance de Quito – Ecuador, FIME- Festival Internacional de Música Experimental de São Paulo; Underline Project –  Museum of African Design - Johannesburg – Africa do sul ; Cine de Rua Feminista – Virada Cultural – Belo Horizonte – MG, II Mostra de arte Feminista e resistência – Belo Horizonte – MG. Quarta Função – Festival Instantâneo de performance urgente – SP; Perpendicular Bienal – 31 Bienal de São Paulo. Publicou os livros de poema: “Parque” e “AguaPedra”; e os livros de teoria da arte: “As coisas quando não são mais elas” e “Camela”, todos pela editora Curiango.

Programação paralela

No dia 10 de agosto será realizado bate-papo ao vivo com Carolina Botura, que vai compartilhar com o público detalhes sobre suas obras e seu processo criativo. A participação é gratuita, com retirada de ingressos pela Sympla: https://bit.ly/BatePapoCarolinaBotura. Durante o período expositivo também serão disponibilizadas visitas virtuais gratuitas, com mediação ao vivo do Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura. Para participar é necessário se inscrever pela Sympla. As datas para essas visitas são:

  • 19 de agosto, às 16h
  • 26 de agosto, às 19h
  • 2 de setembro, às 16h
  • 9 de setembro, às 19h
  • 16 de setembro, às 16h
  • 23 de setembro, às 19h, com tradução simultânea em Libras

Para escolas, universidades e grupos interessados em mediação exclusiva, o Programa Educativo está promovendo visitas em horários alternativos. Os interessados devem enviar e-mail para agendamento@fcagroup.com e conferir a disponibilidade.

Piccola Galleria

O espaço é destinado a artistas da cena contemporânea e foi criado em 2016, com o intuito de incentivar a produção nacional e internacional. Os artistas são selecionados por uma comissão de especialistas, que, nesta 4ª edição, conta com a historiadora e educadora Janaína Melo, curadora e integrante do Conselho Internacional de Museus (ICOM-BR); o curador e crítico de arte Márcio Sampaio; e o artista e professor Marco Paulo Rolla, da Escola Guignard. A proposta é apresentar e destacar trabalhos inéditos – pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, fotografias, instalações, performances e/ou videoarte – de artistas locais, brasileiros ou estrangeiros. Além da Carolina Botura, outros cinco artistas foram selecionados na 4ª edição, e as mostras estão sendo exibidas no calendário de 2021 e 2022.

Nas quatro edições, a Piccola Galleria recebeu 424 inscrições, e, entre 2016 e 2020, já apresentou o trabalho de 18 artistas, 248 obras de arte, e recebeu mais de 150 mil visitantes. A sala expositiva é um ambiente dedicado às artes visuais e sua criação marcou os 10 anos da Casa Fiat de Cultura. Situado ao lado do painel “Civilização Mineira”, de Candido Portinari, no hall principal da Casa Fiat de Cultura, o espaço é destinado a exposições de curta duração, mas com toda a visibilidade que a instituição enseja. Local intimista e com grande circulação de público, conta com a chancela da Casa Fiat de Cultura e do Circuito Liberdade, um dos mais importantes corredores culturais do país.

Casa Fiat de Cultura      

A Casa Fiat de Cultura cumpre importante papel na transformação do cenário cultural brasileiro, ao realizar prestigiadas exposições. A programação estimula a reflexão e interação do público com várias linguagens e movimentos artísticos, desde a arte clássica até a arte digital e contemporânea. Por meio do Programa Educativo, a instituição articula ações para ampliar a acessibilidade às exposições, desenvolvendo réplicas de obras de arte em 3D, materiais em braile e atendimento em libras. Mais de 60 mostras, de consagrados artistas brasileiros e internacionais, já foram expostas na Casa Fiat de Cultura, entre os quais Caravaggio, Rodin, Chagall, Tarsila, Portinari entre outros. Há 15 anos, o espaço apresenta uma programação diversificada, com música, palestras, residência artística, além do Ateliê Aberto – espaço de experimentação artística – e de programas de visitas com abordagem voltada para a valorização do patrimônio cultural e artístico. A Casa Fiat de Cultura é situada no histórico edifício do Palácio dos Despachos e apresenta, em caráter permanente, o painel de Portinari, Civilização Mineira, de 1959. O espaço integra um dos mais expressivos corredores culturais do país, o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Mais de 3 milhões de pessoas já visitaram suas exposições e 560 mil participaram de suas atividades educativas. 


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