Exposição
Narrativas em Processo – Livros de
Artista na Coleção Itaú Cultural chega a capital mineira. A mostra, que vai
ocupar a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard a partir de 10 de julho,
apresenta um conjunto de 46 obras, que abarcam 84 anos de confecção deste tipo
de livro por artistas brasileiros, na transição entre o moderno e o
contemporâneo, e revelam como a participação e a invenção artística traçam
fronteiras com a literatura e o design. A entrada é gratuita.
No
Palácio das Artes, a exposição que já passou por vários locais do país, chega
renovada, com foco nos artistas brasileiros que constam neste acervo e na
transição entre o moderno e o contemporâneo, especialmente quando o formato do
livro ultrapassa as fronteiras do seu formato físico e conceitual, expandindo o
lugar da palavra para além da página.
Doze
obras que estão nesta exposição são inéditas. Como gravuras do Álbum Anamorfas
(1980), de Regina Silveira; O Meu e o Seu – Impressões do nosso tempo (1967) e fotos
deste álbum, um duplo conjunto de Antonio Henrique Amaral. Caixa de Retratos
(2010), de Marcelo Silveira; De Arte (2001) e A Simétrica (1995), de Waltercio
Caldas, também, são novidade.
Para além dos livros
Em
Belo Horizonte, Narrativas em Processo: Livros de Artista na Coleção Itaú
Cultural se desdobra em seis núcleos – Paisagens,
Rasuras, Livros-objetos, Uma escrita
em branco, Álbuns de gravura
e Design
gráfico: um breve panorama sobre
ilustrações no Brasil. A proposta dessa divisão é ampliar a percepção do
público sobre as múltiplas facetas do livro de artista. “Esta não é uma
exposição apenas sobre livros-objetos como se poderia imaginar quando veem à
mente a expressão ‘livro de artista’”, salienta o curador da exposição Felipe
Scovino.
Sobre a Coleção Itaú
Cultural
As peças desta exposição pertencem ao
acervo do Banco Itaú, mantido e gerido pelo Itaú Cultural. Formado por recortes
artísticos e culturais que abrangem da era pré-colombina à arte contemporânea,
cobre a história da arte brasileira e importantes períodos da história de arte
mundial.
Atualmente, formada por mais de 13 mil itens, a coleção reúne pinturas, gravuras,
esculturas, fotografias, filmes, vídeos, instalações, edições raras de obras
literárias, moedas, medalhas e outras peças. Trata-se da oitava maior coleção
corporativa do mundo e a primeira da América do Sul, segundo levantamento
realizado pela instituição inglesa Wapping Arts Trust, em parceria com a
organização Humanities Exchange e participação da International Association of
Corporate Collections of Contemporary Art (IACCCA).