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Concerto “O Fagote em dois tempos” vai apresentar obras de Vivaldi e Villa-Lobos

Local não informado

Concerto “O Fagote em dois tempos” vai apresentar obras de Vivaldi e Villa-Lobos

Evento encerrado
  • Gratuito

Data

16/06/21 até 16/06/21

Qua | 22:00 - 22:50


Créditos da imagem: Rafael Motta

Nesta quarta-feira (16), a Orquestra Sesiminas Musicoop segue as comemorações de 35 anos de história com o concerto “O Fagote em dois tempos”, que integra a programação da série Sempre às Quartas. No repertório, composições de Vivaldi e Villa-Lobos.  O concerto conta com participação dos solistas convidados, os fagotistas Victor Morais e Francisco Silva. A regência e direção artística são de Felipe Magalhães. A apresentação começa às 20h, no palco do Teatro Sesiminas (sem a presença do público), e terá transmissão, ao vivo, pelo canal do Youtube da orquestra.

“O fagote se estabelece no período barroco como um instrumento de sopro bastante utilizado em orquestras. Mas ainda pouco conhecido do público em geral. Possui um timbre bastante característico, entre jocoso e melancólico. Costuma ser lembrado pelo tubo fininho e encurvado", explica Felipe Magalhães. O maestro conta que durante o concerto, o público poderá ouvir a sonoridade do instrumento em duas obras de períodos e estilos bem distintos. “Em Vivaldi, o fagote é utilizado de maneira mais tradicional, na região grave. Já em Villa-Lobos, obra moderna, há uma exploração mais versátil do instrumento, experimentando também sua tessitura aguda e menos usual. Em ambos os casos, explora-se bastante a agilidade característica do instrumento".

Dedicada a Antonio Lucio Vivaldi (1678 - 1741), a primeira parte do concerto abre com “Sinfonia ao Santo Sepulcro”, obra barroca composta em dois movimentos para cordas. Para Felipe Magalhães, “a sinfonia é uma peça de audácia harmônica que surpreende. O primeiro movimento (Adagio Molto) começa com um prelúdio lento, com passagens harmônicas tensas e pouco comuns. O segundo (Allegro ma poco) é um movimento polifônico com fuga dupla. Vivaldi escreve dois temas musicais que caminham juntos e se cruzam dando a ideia de cruz, remetendo ao título da obra”.

A peça seguinte é “Concerto para Fagote em mi menor”, um dos 37 concertos para fagote compostos por Vivaldi. O artista italiano foi um dos expoentes do gênero concertante, com mais de 300 escritos. “O Concerto é um tipo de composição musical que coloca em oposição um ou mais solistas à frente da massa orquestral. Ele surge no período barroco e se desenvolve com Vivaldi, sobretudo, a partir do início do século XVIII”, explica Felipe Magalhães. A obra Concerto para Fagote em mi menor conta com solo de Francisco Silva, fagotista da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, que será acompanhado por cordas e teclado.

O Prelúdio das “Bachianas Brasileiras nº 4” de Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959) inaugura a segunda parte do concerto. As Bachianas, escritas entre 1930 e 1945, formam uma série de nove obras que combinam elementos do folclore brasileiro com a técnica composicional de Johann Sebastian Bach - compositor preferido de Villa. “As Bachianas nº 4 foram pensadas originalmente para piano. O próprio Villa-Lobos orquestrou mais tarde para cordas. É uma peça muito bonita, melodia expressiva. Consegue ser tão bachiana quanto brasileira”, afirma.

A "Ciranda das Sete Notas" foi escrita por Villa-Lobos, em 1933, para fagote e cordas, e é dedicada à Mindinha, segunda esposa do compositor. Com acompanhamento de orquestra de cordas, a obra permite uma exibição tranquila e completa por parte do solista, sem os receios causados pelo volume sonoro da Orquestra Sinfônica. “Villa escreveu uma peça explorando ao máximo as capacidades técnicas e sonoras do fagote”. A peça traz solo do fagotista Victor de Morais, da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

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