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Jornada Internacional de Arte Indígena

Biblioteca Pública

Jornada Internacional de Arte Indígena

Evento encerrado
  • Gratuito

Data

08/11/17 até 08/11/17

Qua | 16:00 - 20:00


Créditos da imagem: Leo Lara/Studio Cerri/Divulgação

Casa Fiat de Cultura e a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, espaços que integram o Circuito Liberdade, promovem na quarta-feira, dia 8 de novembro, a Jornada Internacional de Arte Indígena, momento para discussões, relatos e trocas sobre a arte indígena contemporânea. A iniciativa é um desdobramento da exposição O Tempo dos Sonhos: A Arte Aborígene Contemporânea da Austrália na Casa Fiat de Cultura – a mais abrangente mostra de arte aborígene realizada na América Latina, que está em cartaz na Casa Fiat de Cultura. 

O evento contará com a participação de especialistas e pesquisadores da arte contemporânea, além de um artista indígena brasileiro e um artista aborígene australiano. A Jornada Internacional será realizada das 14h às 18h, no Teatro da Biblioteca Pública e a entrada é gratuita, mediante retirada de senhas uma hora antes do evento. A conferência terá tradução simultânea. No dia 9 de novembro, às 19h, o público poderá fazer uma visita mediada à exposição O Tempo dos Sonhos, na Casa Fiat de Cultura, com o curador Clay D'Paula e convidados. A participação é gratuita.

Em itinerância pelo Brasil, a mostra “O Tempo dos Sonhos” já passou pelas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e agora está em cartaz na capital mineira, na Casa Fiat de Cultura, até o dia 19 de novembro. O interesse do público por pelas pinceladas coloridas, narrativas enigmáticas, mitos e sonhos transformados em pinturas, gravuras e esculturas reforçaram a intenção dos organizadores da exposição sobre a importância de oferecer um momento de reflexão sobre esse fenômeno. O seminário reunirá australianos e brasileiros interessados nas interfaces entre cultura e desenvolvimento, entre diversidade cultural e experiência estética e entre arte e cidadania.

Participarão da Jornada Internacional de Arte Indígena o curador da exposição “O Tempo dos Sonhos”, Clay D´Paula, que é especializado em Arte Contemporânea e Moderna na Universidade de Sidney, Austrália; a antropóloga, pesquisadora e especialista em Arte Aborígene Contemporânea da Austrália, Ilana Goldstein; o curador do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea (RJ), Ricardo Resende; o designer e artista indígena brasileiro, Denilson Baniwa; os australianos Djon Mundine, celebrado curador de arte aborígene, e Willurai Kirkbright, artista aborígene contemporânea, que juntos irão abordar as especificidades e os potenciais das artes indígenas, tema pouco explorado no Brasil, e com enorme potencial de empoderamento e geração de renda.

O contexto australiano e o brasileiro têm muito mais em comum do que se imagina. De acordo com o especialista em Arte Contemporânea e Moderna, Clay D’Paula, talvez as experiências com políticas públicas e empreendedorismo privado que resultaram no boom da arte aborígene australiana nas décadas de 1990 e 2000 possam inspirar iniciativas similares ou análogas no Brasil. “Existem, hoje, cerca de 100 cooperativas autogeridas por comunidades indígenas na Austrália, os principais museus australianos possuem alas para expor artes nativas e as cidades australianas abrigam dezenas de galerias comerciais que vendem arte indígena. É o extremo oposto do contexto brasileiro, em que insistimos em falar de “artesanato” indígena e congelar os povos indígenas no passado”, ressalta Clay ao completar que “conhecemos pouquíssimo sobre a enorme diversidade cultural e estética das mais de 300 etnias que vivem em território brasileiro. Talvez também aqui a arte possa funcionar como uma plataforma de comunicação entre visões de mundo diferentes, como uma estratégia para dar visibilidade a povos historicamente visibilizados e muitas vezes esquecidos”.

A Jornada Internacional de Arte Indígena é uma realização da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais em parceria com Circuito Liberdade, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (Iepha) e Governo de Minas, com patrocínio do Cultura Inglesa, Council on Australia Latin America Relations (Coalar) e Ramada Encore. O evento tem apoio da Casa Fiat de Cultura, da Caixa Econômica Federal, do Ministério da Cultura e do Governo Federal. A idealização e a produção é da 2 Levels (Arte & Cultura) e da CMP – Monarto Productions.

Exposição “O Tempo dos Sonhos: A Arte Aborígene Contemporânea da Austrália na Casa Fiat de Cultura”

Trata-se da mais abrangente exposição de arte aborígene realizada na América Latina. A mostra reúne mais de 70 obras-símbolo da perpetuação da tradição artística mais antiga do mundo e incita reflexão acerca da sobrevivência das culturas indígenas. São pinturas, esculturas, litografias e bark paintings (pinturas em entrecasca de eucalipto), que demonstram a variedade e ​a vitalidade dos estilos artísticos encontrados nas diversas regiões australianas.

As obras selecionadas situam-se entre a abstração e figuração e são de artistas renomados como como Rover Thomas e Emily Kame Kngwarreye, que já tiveram os seus trabalhos expostos no MoMA e Metropolitan de Nova Iorque, Bienais como a de Veneza, São Paulo e Sidney, entre outros eventos de prestígio internacional, como o Documenta, em Kassel. A estética desses artistas é inspirada em narrativas e histórias repassadas de geração a geração, e exprimem muitas vezes o seu relacionamento com o universo, a natureza e o espiritual. 

A exposição tem entrada gratuita e fica em cartaz até dia 19 de novembro.

PROGRAMAÇÃO – JORNADA INTERNACIONAL DE ARTE INDÍGENA

8 de novembro, das 14h às 18h,

Teatro da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais

14h às 14h20 – Abertura

Clay D´Paula, curador, produtor e idealizador da exposição “O Tempo dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália”. Especializado em História da Arte e Curadoria pela Universidade de Sidney, Austrália. 

14h20 às 15h – Fala introdutória

Tema: “Artes indígenas no Mundo Contemporâneo”

Com Ilana Seltzer Goldstein, professora do Departamento de História da Arte da Universidade Federal de São Paulo e autora da única tese de doutorado brasileira sobre a arte aborígene da Austrália.

15h às 15h40  Palestra

Tema: “Construindo pontes entre a comunidade e o mercado”

Com Djon Mudine, celebrado curador de arte aborígene da Austrália.

15h40 às 16h – Coffee break

16h – 17h: Mesa-redonda

Tema: “Da produção à exposição: parcerias e desafios”

Willurai Kirkbright, artista aborígene contemporânea da Austrália

Denilson Baniwa, designer e artista indígena brasileiro

Djon Mundine, celebrado curador aborígene

Ricardo Resende, curador do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea (RJ)

Mediação  Ilana Goldstein

17h às 18h – Aberto para perguntas e respostas

18h30 às 20h30 – Abertura de exposição de joias por Patrícia Dias e Hermética

Dica da Jornada Internacional: A exposição “Arte Aborígene Contemporânea da Austrália na Casa Fiat de Cultura”  pode ser visita até o dia 19 de novembro, de terça a sexta-feira, das 10h às 21h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. A entrada é gratuita.

SERVIÇO

Jornada Internacional de Arte Indígena

8 de novembro de 2017 (quarta-feira)

Das 14h às 18h

Teatro da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais (Praça da Liberdade, 21 – Funcionários/BH)

Entrada gratuita – retirada de senhas uma hora antes do evento

Tradução simultânea

Capacidade do teatro da Biblioteca: 220 pessoas.

O Tempo dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália na Casa Fiat de Cultura

Até 19 de novembro de 2017

Terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10 – Funcionários/BH)

Entrada gratuita

Visita mediada à exposição O Tempo dos Sonhos, na Casa Fiat de Cultura

Com o curador Clay D'Paula e convidados

9 de novembro, às 19h

Participação gratuita

Mais informações nos sites da Casa Fiat de Cultura (www.casafiatdecultura) e da Biblioteca Pública (www.bibliotecapublica.mg.gov.br) ou pelos telefones:

Casa Fiat de Cultura - (31) 3289-8900

Biblioteca Pública - (31) 3269-1166


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