Entre os dias 8 de abril e 9 de maio, o Cine Humberto Mauro realiza três palestras que abordarão temas como a interface entre a psicanálise e os temas bergmanianos, a modernidade na estilística do cineasta e também a relação de Bergman com seus atores. A programação está integrada a mostra Ingmar Bergman.
Na ocasião, serão realizados dois debates sobre a obra do diretor. Destaque para o debate Montando Bergman, no dia 9 de maio, que reunirá os diretores e atores da peça “SARABANDA” para conversar sobre o processo de adaptação do filme Saraband.
Confira a programação:
A OBRA DE INGMAR BERGMAN
25 de abril | 19h
Debatedores: Victor Guimarães (pesquisador e crítico de cinema – MG); Marcelo Miranda (jornalista e crítico de cinema – MG); Sérgio Borges (cineasta – MG) | Mediador: Rafael Ciccarini (curador da mostra)
Ementa: O debate propõe aos participantes um mergulho na extensa carreira de Ingmar Bergman passando por temas como: a relação simbiótica cinema/teatro, o “primeiro” Bergman dos anos 1940, Bergman e o cinema moderno, o mergulho radical nas angústias do homem; a dimensão política da obra bergmaniana.
MONTANDO BERGMAN
9 de maio | 19h
Debatedores: Grace Passô e Ricardo Alves Jr. (diretores); Rita Clemente, Gustavo Werneck, Marina Viana e Rômulo Braga (atores).
Sinopse: Uma conversa com os diretores e atores da peça Sarabanda sobre a experiência de adaptação e montagem de um espetáculo teatral a partir do filme Saraband de Ingmar Bergman.
PALESTRAS
A MODERNIDADE DE INGMAR BERGMAN
8 de abril | 19h15
Palestrante: Mário Alves Coutinho
Ementa: Ingmar Bergman foi o cineasta que, ao criar um cinema trágico, ao mesmo tempo produziu uma obra que afirmava a vida. Foi, sobretudo o grande diretor da modernidade, aquele que criou formas e narrativas que inspiraram alguns dos cineastas mais importantes depois dele – dentre eles, Jean-Luc Godard.
FACE A FACE COM BERGMAN
15 de abril | 19h
Palestrante: Stélio Lage
Ementa: Com uma intensa e expressiva produção cinematográfica e teatral, Ingmar Bergman, que se auto intitulava “um administrador do indizível”, buscou abalar a indiferença, a complacência e a passividade. Face a face com o seu entendimento sobre a vida, o amor e a morte, hoje, o que podemos comentar sobre os efeitos da sua obra?
Stélio Lage, psiquiatra e psicanalista (MG), D.E.A em filosofia pela Universidade Complutense de Madrid.
BERGMAN E OS ATORES : DESEJO E INDIVIDUALIDADE
6 de maio | 19h
Ementa: A partir do estudo de três filmes, “Mônica e o desejo”, “Persona” e “A Paixão de Anna”, pretende-se investigar a relação do diretor com os atores, como ele filma as mulheres com quem estabelecia relações pessoais e como preserva a individualidade dos intérpretes dentro dos filmes, estabelecendo a coexistência entre ator e personagem num mesmo corpo.
Pedro Maciel Guimarães é professor e pesquisador em História e Estética do Cinema e Audiovisual, doutor pela Sorbonne Nouvelle (Paris 3) e pós-doutor pela ECA-USP.