No dia 21 de outubro, quarta-feira, às
19h, acontece a estreia de um espetáculo que une música e tecnologia, nascido
de experimentações de quatro alunos da Escola de Música da UFMG. Trata-se do show “Aproximações tecnológicas: abordagens para o
fazer musical utilizando computadores”. Na apresentação, que integra o
Circuito Cultural UFMG #emcasa, Brandon Alves, Fellipe Miranda, Jonatah Cardoso
e Rubens Silva exploram diferentes estilos e sonoridades musicais. O show será transmitido pelo canal do YouTube da Diretoria de Ação Cultural da UFMG e
ficará disponível para assistir após o lançamento.
Usando programas e aplicativos
eletrônicos, cada artista apresenta performances únicas ao longo dos quase 40
minutos de show. O resultado são paisagens sonoras e visuais com ritmos
inusitados, revelando as inúmeras possibilidades que o computador permite no
fazer musical.
Na
performance denominada ‘Quarto’, o multi-instrumentista e aluno de Licenciatura
Brandon Alves utiliza loops no Ableton, programa computacional que
possibilita gravações e performances ao vivo para misturar ritmos brasileiros
como pagodão baiano a músicas de artistas nacionais e internacionais.
Também
da Licenciatura, Jonatah Cardoso fará uma apresentação de arranjos para
guitarra elétrica, criados para canções da artista Mc Tha - cantora paulistana
que mistura elementos de religiões de matriz africana com o funk carioca.
Os arranjos foram feitos usando o aplicativo Tone Studio e a pedaleira Boss -
ME80.
Já
‘Treliças Relevadas’ é o nome da apresentação do engenheiro elétrico e
mestrando em Sonologia, Fellipe Miranda. Para permitir a visualização das
estruturas que constituem o fenômeno sonoro, ele utiliza de representações
visuais que colocam em relevo e contraste conceitos científicos, como forma de
onda, altura, harmônicos e batimentos.
Fellipe
é pesquisador do Laboratório de Performance com Sistemas Interativos (LaPIS),
onde também atua Rubens Silva. Bacharel em composição e mestrando em Sonologia,
ele traz para o Circuito Cultural a peça ‘Nibbana’, de 2018, escrita para
violão e eletrônica ao vivo, utilizando o sistema musical interativo GuiaRT.
desenvolvido no LaPIS. A peça remete a um estado de elevação espiritual
na cultura oriental, trazendo dois movimentos: o primeiro mais estático e
meditativo, com texturas corais por meio de prolongamento artificial das notas,
e o segundo, de êxtase, com variações de trechos tocados pelo performer com
instrumentos virtuais.