O Arquivo Público Mineiro é um ícone de Minas Gerais, sendo a instituição cultural mais antiga do estado. Criado em 1895, ainda na cidade de Ouro Preto, transferiu-se para Belo Horizonte em 1901, ocupando prédios provisórios. Em 1938, fixou-se em uma imponente casa na avenida João Pinheiro.

Localizada ao lado do Museu Mineiro, a edificação é característica da época do Ecletismo, sendo construída para servir de residência do secretário das Finanças pela Comissão Construtora da Nova Capital, em 1897. Cercada por jardins com gradil externo, sua fachada conserva até hoje esse caráter inicial de moradia. O espaço faz parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade. 

O Arquivo Público Mineiro é reconhecido por seu trabalho de recolhimento, guarda, gestão, preservação e acesso a documentos privados de interesse público e ao acervo arquivístico da Administração Pública Estadual. Em suas dependências, os visitantes têm acesso a milhares de documentos, que remontam aos períodos colonial, imperial e republicano. Os principais destaques são o acervo fotográfico, a coleção de mapas produzidos no século XVIII, os registros da rotina de diversos personagens da Inconfidência Mineira, documentos do Fundo Câmara Municipal de Ouro Preto, que receberam da Unesco o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, bem como o acervo do Departamento de Ordem Política e Social de Minas Gerais (DOPS-MG), produzido entre 1927 e 1982, referente ao regime militar, além de um conjunto de filmes que reúne curtas, documentários e solenidades que marcaram a história de Minas Gerais ao longo do século XX.

O Arquivo Público Mineiro possui também uma biblioteca especializada em História de Minas Gerais e arquivologia, reunindo aproximadamente 10.500 títulos, dos quais 2.500 são considerados obras raras e preciosas. Aparecem nessa coleção edições e tiragens reduzidas, ou mesmo clandestinas, obras esgotadas, títulos publicados nos primórdios da imprensa e clássicos da historiografia mineira.