Em Ouro Preto, o Museu da Inconfidência ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Villa Rica na praça Tiradentes. Dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira (1789), o museu oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século 18, com obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho.
Um dos destaques do Museu da Inconfidência é o Panteão dos Inconfidentes, um espaço especial dentro da Casa da Câmara que abriga os restos mortais dos inconfidentes. Nem todos os conspiradores ali repousam, pois alguns não puderam ter suas tumbas localizadas, e outros têm sua identificação duvidosa até os dias de hoje. Estão no Panteão os restos de 13 dos 24 sentenciados pela coroa portuguesa. Uma lápide vazia é o memento dos ausentes, entre os quais está Tiradentes, cujo corpo foi esquartejado e exposto.
História
Formado por mais de 4 mil objetos, o acervo do Museu da Inconfidência possui exemplares de praticamente todas as esferas da vida social mineira dos séculos XVIII e XIX. Aceitando a verdade histórica de que a Inconfidência não teria existido se não fosse Vila Rica, atual Ouro Preto, onde ocorria o grande confronto com a Metrópole devido à exploração do ouro e onde estava emergindo uma classe social com massa crítica que permitiu se pensar na autonomia do país, o Museu foi reestruturado para apresentar a Inconfidência relacionada com Ouro Preto. No piso inferior é apresentada a infraestrutura da evolução econômica, social e política e no superior a superestrutura da criação artística de Vila Rica.