Cultura

Artista plástica Nila Kaiowa divide seu trabalho on-line

Mineira é convidada da Gal Arte e Pesquisa para o #GALTAKEOVER, projeto que expõe o trabalho de mais de 25 artistas nacionais e internacionais


Créditos da imagem: Tesoura do Brejo em Campo Rupestre (2020) Acrílica sobre Tela - 70x100 cm Nila

Redação

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29/07/20 às 14:00
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Com o
início do isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19, a classe
artística no Brasil e no mundo se viu, de repente, diante de um desafio. Como
mostrar seu trabalho, que antes era feito através de apresentações e exposições,
de modo democrático e que fosse pertinente não só para quem já o acompanha como
também para novas audiências?

Foi aí
que surgiu a ideia do #GALTAKEOVER no Gal Art. Em um momento em que o Instagram passou a ser uma dos maiores canais e ferramentas de comunicação
interpessoal na web, com conversas, cursos, palestras, performances, shows etc
através de “lives” ou transmissões ao vivo, criar e compartilhar um conteúdo voltado
para as artes visuais, que ao mesmo tempo conecta artistas, colecionadores,
estudantes e seguidores.  

“O Takeover é o termo usado para quando uma outra pessoa, neste caso um artista, assume o conteúdo das postagens de outro instagram. A ideia foi convidar tanto artistas que já fazem parte do casting da GAL como também aqueles que acompanho seu trabalho há algum tempo e tem uma pesquisa consistente a ser compartilhada. Assim, a GAL ajuda a ampliar e dar protagonismo aos artistas visuais vivos, que estão pensando questões atuais, aproximando assim os seguidores de sua produção”, disse Laura Barbi, fundadora e curadora da GAL. 

Essa semana quem assume o #GALtakeover é a artista Nila Kaiowa. A artista vive e trabalha na zona rural de Florestal / MG, dividindo seu tempo entre ateliê e a jardinagem. Graduada em Artes Visuais pela UFMG (2011), com bacharelado em Gravura e iniciou seus trabalhos pictóricos em 2013.

O contato próximo com o bioma Cerrado deu início à sua pesquisa que perdura até hoje. Plantas nativas e aves brasileiras, pouco conhecidas do grande público, tornaram-se frequentes em suas telas. Realizou a exposição individual Linhas e Cores do Cerrado (2017/SESC Floresta) e participou das mostras coletivas Cartografia Imaginária – A cidade e suas escritas (2018/SESC Palladium) e do Bazar Junta (2018), todas em Belo Horizonte.

Pintou dois murais urbanos, CURA – Circuito Urbano de Arte, edição Lagoinha, em Belo Horizonte e na Primeira Festa Literária de Conceição do Mato Dentro, em 2019.

Desde o
lançamento do projeto artistas como Alisson Damasceno, Marina Tasca, Aruan
Mattos & Flavia Regaldo, Carolina Botura, Eduardo Recife, Ricardo
Burgarelli e Julia Baumfeld compartilharam por um período de uma semana suas
inspirações, processos criativos, colaborações e trabalhos, produzidos em
diversas mídias no instagram da GAL. 

Até
outubro outros 18 artistas de Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo
e Londres assumirão as postagens nas redes da GAL criando um novo engajamento
com o público que conhecerá mais sobre seus trabalhos e trajetórias neste novo
formato de consumo de artes visuais que se intensificou com o isolamento
social.