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Atriz Wilma Henriques morre aos 90 anos em Belo Horizonte

Ao longo da carreira, Wilma conquistou oito prêmios de melhor atriz do estado e era considerada a primeira-dama do teatro



Créditos da imagem: Ramon Lisboa EM/D.A Press Brasil
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Considerada a primeira-dama do teatro mineiro, Wilma morava em uma casa de repouso no bairro Planalto, na Região Norte da capital
Redação Sou BH
19/04/21 às 11:09
Atualizado em 19/04/21 às 11:09

A atriz Wilma Henriques, de 90 anos, morreu neste domingo (18) em Belo Horizonte de causas naturais. Considerada a primeira-dama do teatro mineiro, Wilma morava em uma casa de repouso no bairro Planalto, na Região Norte da capital.

Pelas redes sociais, diversas entidades culturais prestaram homenagens à atriz. "A cena mineira se despede de um dos nomes mais importantes do Teatro mineiro", publicou o perfil do Galpão Cine Horto. "Adeus Wilma. Agradecemos por seu amor dedicado a arte de interpretar", postou o Palco BH. "Nós do Centro de Pesquisas Teatrais deixamos nossos sentimentos e agradecimentos por tudo o que ela fez pelo nosso teatro!", escreveu o Centro de Pesquisas Teatrais.

No dia 15 de fevereiro, o Sou BH publicou uma matéria sobrea homenagem feita pelo Teatro Feluma em comemoração aos 90 anos da atriz WilmaHenriques. A iniciativa buscou trazer um pouco da história da atriz mineira e seu legado nos palcos de Minas e do Brasil.

Após quase 6 décadas dedicadas ao teatro, a atriz deixou os palcos em 2015, aos 84 anos, após uma queda, e passou a viver em uma casa de repouso, no Bairro Planalto, em Belo Horizonte. 

A live foi transmitida no canal Youtube do Teatro Feluma e contou com a presença da atriz, via vídeo, direto do Lar Melhor Viver. Ela interagiu com a atriz e diretora do Sindicato dos Artistas e Técnicos Magdalena Rodrigues, com o ator Carluty Ferreira e o dramaturgo e diretor do Teatro Feluma Jair Raso, que conduziram o evento direto do palco.

Durante o bate-papo com Wilma Henriques, vários vídeos foram apresentados. Foram depoimentos emocionantes de atores, diretores, produtores e convidados que fizeram parte da trajetória da atriz. Entre eles estiveram: Rômulo Duque, Jota Dângelo, Wilma Patrícia, Mamélia Dornelles, Eid Ribeiro, Pedro Paulo Cava e muitos outros grandes nomes do teatro mineiro.

Breve Biografia

Wilma Henriques começou a carreira em 1959 com a produção e apresentação do programa feminino Espelho, na extinta TV Itacolomi. Em 1962, se mudou para a TV Belo Horizonte, hoje Globo Minas, e depois para a TV Alterosa, onde apresentou o programa de entrevistas O Assunto É Mulher.

Sua primeira experiência nos palcos foi aos 27 anos de idade, estreando a peça Pigmalião, substituindo Lea Delba (Elvira Bracher) e 1966 começou a carreira profissional no teatro com a peça O Macaco da Vizinha, de Joaquim Manoel de Macedo, dirigida por Carlos Leite.

Desde 1994 integrou o grupo Cara de Palco e em 2011, participou da Campanha de Popularização Teatro e Dança com a peça Sonhos, dirigida por Marcos Vogel e com atores como Caluty Ferreira e Eliane Maris.

Wilma Henriques também atuou no cinema. Em 1967, foi a personagem Laura do filme O menino e o Vento e em 1994, foi Margô em Eia e os Homens. Em 2003, voltou a grande tela como Dona Tereza Ribeiro de Alvarenga no filme Aleijadinho-Paixão, Glória e Suplício e em 2005 fez Beata, em Vinho de Rosas.

Wilma ganhou 8 prêmios de melhor atriz de Minas Gerais ao longo da carreira e entre as muitas produções que participou destaque para as peças: “Há vagas para moças de fino trato, Fala baixo senão eu grito, A prostituta respeitosa, Rasga coração, Navalha na carne e Ciranda de pedra” que a projetaram.