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Cara, eu adoro meu ídolo!

O Sou BH conversou com dois fãs do Foo Fighters para entender o amor por essa banda



Créditos da imagem: Arquivo pessoal
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Carla Rocha tatuou parte da letra da música "Everlong", do Foo Fighters
Redação Sou BH
12/01/15 às 20:41
Atualizado em 01/02/19 às 20:02

Por Camila de Ávila jornalista Sou BH

No dicionário, fã é aquela pessoa entusiasta de um artista, seja de cinema, teatro, televisão, rádio, e daí em diante. Muitos nutrem um amor incondicional por alguém que nunca viram de perto, que não conhecem e, talvez, nem cheguem a conhecer. Conviver, então? Nem pensar. Mas vamos combinar: esse sentimento é bem difícil de controlar quando falamos de algo que gostamos muito.

A jornalista que escreve este texto, por exemplo, ficou por sete horas na fila para comprar um único ingresso para o show do Chico Buarque e saiu chorando do teatro com a entrada nas mãos, olhando para os lados com medo de ser roubada. O estudante de cinema Pedro Matos também já fez suas loucuras: passou dois dias acampado na frente do Chevrolet Hall para assistir ao show da canadense Avril Lavigne.  “Revezava com a galera para ir tomar banho, almoçar, mas a gente dormia lá! Eram mais ou menos 30 pessoas com barraca. A galera passava a madrugada cantando, dançando, bebendo”, conta. Já a jornalista Débora Gomes, fã mais moderada, apenas coleciona revistas e pôsteres da extinta banda Nirvana.

A especialista em planejamento digital Carla Rocha, fez duas tatuagens em homenagem a banda Foo Fighters. “Uma do coração da capa do One by One, de 2002, e a outra de um trecho da música Everlong, do álbum The Colour and the Shape, de 1997. As duas possuem significados muito importantes pra mim”, explica. O grupo norte-americano vem a BH no dia 28 de janeiro, para uma única apresentação no Mega Space. Com 20 anos de carreira, a banda coleciona muitos fãs como a Carla por aí.

Para o vocalista da banda Fools (cover do Foo Fighters em BH), há três tipos de fãs: os bem antigos, que acompanham a banda desde os primeiros discos e conhecem todas as músicas, incluindo as do lado B. “Os nem tão antigos assim, da época dos sucessos My Hero e Everlong, que tem entre 24 e 30 anos”, avalia Daniel. “Há também os fãs mais recentes. Este público é mais ‘volátil’ e está empolgado com o momento”, constata. Para ele, o fato de ter iniciado uma banda cover é mais que uma forma de admiração. “Para chegar onde estamos, dedicamos horas de ensaio e desgaste físico. Considero como certa loucura”, analisa.

Há também aqueles fãs que não medem esforços para chegar até seus ídolos. “Esta parte mais frenética faz qualquer coisa para chegar bem perto do palco, mesmo que isso signifique passar várias situações complicadas, de suprir até as necessidades básicas, pessoais, até ser pisoteado”, observa Daniel. O admirador da Avril, Pedro, por exemplo, quebrou sem querer o nariz de outra fã na disputa por um lugar na grade do palco. Carla diz que ficou sem beber durante os shows de um festival, “só para não precisar ficar indo ao banheiro e conseguir ficar um pouco mais na frente na hora do show deles”, conta em meio a risos.

A fã já tem ingressos garantidos para os shows do Foo Fighters em BH e também no Rio de Janeiro. “Eu não pensei muito no quanto eu estava gastando, porque me emocionei muito no primeiro e sabia que me arrependeria de ir somente aqui. Comprei e agora estou pagando as parcelas”, conta. O valor dos ingressos da turnê é de R$300 a R$600. Daniel vai pela primeira vez ao show e a expectativa é grande. “O show do Foo Fighters com certeza é um dos shows de rock e pop com mais energia no mundo”, ressalta.

A banda se apresenta no Mega Space no dia 28 de janeiro, quarta-feira, na turnê do novo disco “Sonic Highways”.