Escritora belo-horizontina será a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na instituição em 115 anos de história
Ao longo de sua carreira, Evaristo recebeu inúmeros prêmios e honrarias, incluindo o Prêmio Jabuti e o Prêmio Cláudia, em reconhecimento à sua contribuição para a cultura e literatura brasileira
Nascida na favela do Pindura Saia, na Região Centro-sul de Belo Horizonte, Conceição Evaristo toma posse nesta sexta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, como nova imortal da Academia Mineira de Letras (AML). Uma das principais autoras da literatura brasileira, Evaristo é também a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira da instituição em 115 anos de sua fundação.
A chegada de Evaristo à AML representa não apenas um reconhecimento de seu talento, mas também um passo importante rumo à diversidade e inclusão na literatura brasileira. Sua presença na instituição amplia o espectro de vozes e experiências representadas no cenário literário nacional.
“É um dos nomes mais expressivos da literatura contemporânea não apenas de Minas Gerais ou do Brasil, mas também da América Latina. E isso não se deve apenas ao fato de ela privilegiar temáticas das minorias: trata-se também da apurada criação de seu texto literário, seja romance, conto ou poesia, onde ela brilha igualmente. Não por acaso, está traduzida em tantas línguas e tem recebido tantos prêmios e homenagens, seja das ‘academias’, seja do público leitor, em geral”, destaca Antonieta Cunha, vice-presidente da AML.
Ao longo de sua carreira, Evaristo recebeu inúmeros prêmios e honrarias, incluindo o Prêmio Jabuti e o Prêmio Cláudia, em reconhecimento à sua contribuição para a cultura e literatura brasileira. Seu legado transcende fronteiras, com suas obras sendo traduzidas para várias línguas ao redor do mundo.
Pela primeira vez, uma solenidade de posse da AML, que acontece para convidados no auditório da entidade, terá transmissão ao vivo no YouTube, a partir das 20h.
