Seleção destaca obras dentre os mais variados gêneros, do experimental à Pixar
Filmes assinados por diretoras ao longo dos últimos 90 anos são elencados pela mostra ‘Clássicas: Mulheres na Direção’, que exibe um panorama da presença feminina por trás das câmeras e ressalta a pluralidade de caminhos que estas contribuições representam para a sétima arte. As sessões gratuitas ocorrem de 1º a 27 de março no Cine Humberto Mauro, que fica no Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro). Os ingressos ficam disponíveis na bilheteria do cinema, uma hora antes de cada sessão.
A seleção inclui obras de cineastas consagradas como Sofia Coppola, diretora de ‘Maria Antonieta’ (2006), as irmãs Wachowski com ‘Ligadas Pelo Desejo’ (1996), Greta Gerwig, que assina ‘Lady Bird’ (2017), ou ainda de pioneiras como Dorothy Arzner, que lançou ‘Quando a Mulher se Opõe’ em 1932. Consulte a programação completa da mostra neste link e confira as sinopses de cada filme selecionado através deste endereço.
Sem se apegar a estilos ou gêneros, a mostra caminha por campos tão diversos quanto o cinema de vanguarda e experimental da intelectual francesa Marguerite Duras – representada por ‘India Song’ (1975) e outras seis produções – e a animação da Pixar ‘Red: Crescer é uma Fera’ (2022), dirigida pela chinesa Domee Shi.
“A importância da Mostra Clássicas é bem maior do que definir o que é um filme dirigido por uma mulher, que é uma coisa impossível de fazer, e a gente entendeu isso desde a primeira edição da mostra. O intuito é dar visibilidade para filmes dirigidos por mulheres em várias épocas e países diferentes, com diversos níveis de popularidade”, detalha o gerente de cinema da Fundação Clóvis Salgado, Vitor Miranda.
Durante a mostra, sempre às quintas-feiras e às 19h30, a Sessão Minas exibe produções assinadas por diretoras do cinema mineiro. Entre os títulos escolhidos estão ‘Kevin’ (2021), de Joana Oliveira, e dois filmes dirigidos pela artista Grace Passô – ‘Vaga Carne’ (2019) e ‘Ficções Sônicas’ (2020).
‘A Mulher Rei’ (2022), de Gina Prince-Bythewood e estrelado por Viola Davis, abre a programação no dia 1º de março em exibição com comentários da crítica de cinema Yasmine Evaristo, que pesquisa questões de representatividade e representação das pessoas negras no cinema.
No Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, a mostra exibe ‘A Hora da Estrela’ (1985), clássico do cinema nacional assinado por Suzana Amaral, criado a partir da obra de Clarice Lispector e estrelado por Marcélia Cartaxo. A sessão será comentada pela psicanalista Heloísa Bedê.
A animação ‘Red: Crescer é uma Fera’ (2022) tem sessão em 20 de março comentada por Virgínia Andrade, com intérprete de Libras. O longa ganha Sessão Azul pelo Cineclube Acessível, que traz o filme dublado, com legendas em português, sala de exibição com portas abertas, adequação de luz e do volume de som.