Estrelado por John David Washington e dirigido e roteirizado por Christopher Nolan, longa é um verdadeiro espetáculo de ação e ficção científica
Para os amantes da sétima arte, o longa Tenet, dirigido
e roteirizado pelo cineasta Christopher Nolan, que
traz como elemento de sua trama a inversão temporal, teve sua estreia em 29 de
outubro e segue disponível nas telonas dos cinemas brasileiros!
Na
trama, o Protagonista interpretado por John David Washington viaja por um
obscuro mundo de espionagem internacional em uma missão que se desdobra em algo
além do tempo real, armado com apenas uma palavra – Tenet – e lutando
pela sobrevivência de todo o mundo.
O
elenco internacional de Tenet também inclui Robert
Pattinson, Elizabeth Debicki, Dimple Kapadia, Aaron Taylor-Johnson, Clémence
Poésy, com Michael Caine e Kenneth Branagh. A equipe criativa de
Nolan nos bastidores inclui o diretor de fotografia Hoyte van Hoytema, o
designer de produção Nathan Crowley, a editora Jennifer Lame, o figurinista
Jeffrey Kurland, o supervisor de efeitos visuais Andrew Jackson e o supervisor
de efeitos especiais Scott Fisher. A trilha sonora é composta por Ludwig
Göransson.
Depoimentos
John
David Washington, intérprete do personagem conhecido apenas como o
Protagonista, diz que, embora “no seu cerne, Tenet conte
a história de um homem tentando salvar o mundo, o filme desafia nossas formas
tradicionais de interpretar o tempo, o que percebemos como sendo real, os
comportamentos que aprendemos. Há muito mais acontecendo. Eu nunca tinha lido
um roteiro ou visto algo assim antes. Ninguém viu. Chris encara de frente a
maneira como entendemos a física do tempo, através das lentes deste personagem.
Não sei qual é o fascínio dele pelo tempo, mas adoro como ele lida com isso em
seus filmes”.
A
produtora Emma Thomas lembra ainda que, de alguma forma, todos compartilham o
fascínio de Nolan pelo tempo. “Estamos todos um pouco obcecados com o
tempo, não estamos? É algo que, seja quem for, de onde quer que seja, qualquer
que seja sua experiência de vida, sabe que não pode mudar. Isso te governa. Não
posso falar pelo Chris, mas essa é a minha perspectiva. É interessante porque,
dado o fato de que o tempo é universal, também é algo que você sente muito
subjetivamente: você sabe, as crianças sentem o tempo muito diferente dos
adultos. Sinto que está acelerando além da medida. E então, durante esta
pandemia, nossa percepção do tempo tem sido completamente distinta… dias
parecem semanas, e meses passam como minutos. Tem sido muito estranho”,
revela.
“Curiosamente,
verificou-se que a ideia de inverter o tempo não está fora do reino das
possibilidades para os físicos modernos, considerando a lei da entropia que,
nos termos mais básicos, estabelece que todas as coisas e situações tendem para
a desordem. Todas as leis da física são simétricas – elas podem ir para frente
ou para trás no tempo e serem as mesmas, exceto para a entropia”, explica
Nolan. “A teoria é que se você pudesse inverter o fluxo de entropia para
um objeto, você poderia reverter o fluxo de tempo para esse objeto, de modo que
a história do filme é fundamentada nos conceitos da física. Eu pedi ao físico
Kip Thorne para ler o roteiro, e ele me ajudou com alguns dos conceitos, embora
nós não tenhamos intenção de ser cientificamente precisos. Mas nos baseamos na
ciência”, afirma o cineasta.
Quando
leu o roteiro pela primeira vez, Emma Thomas admite que ficou “um pouco
assustada com a sua grandeza, mas a premissa era tão original e intrigante.
Alguns dos filmes de Chris têm sido bastante complicados de analisar apenas
pelo roteiro, mas então você sabe que tudo vai fazer sentido quando assisti-los
na telona”.
Para
as filmagens, o diretor sabia que concretizar sua visão exigiria “um
conjunto de regras que não era tão simples quanto reverter a câmera ou filmar
de trás para frente. Há uma interação entre a direção do tempo e o ambiente em
que estamos, como as coisas se movem ao nosso redor e até no ar que
respiramos”, esclarece. “A noção de inversão é assimétrica, então
reproduzir isso era complicado e tinha que ser abordado de forma ainda mais complicada.
Isso significava uma variedade de técnicas, desde os atores e dublês serem
capazes de realizar cenas de luta e correr e caminhar em direções diferentes,
até veículos conduzidos para frente ou para trás em várias configurações para
que pudéssemos, cena a cena, mudar completamente a técnica que estávamos usando
para criar um visual específico”, explica Nolan.
Ainda
segundo Nolan, o meio visual do filme é realmente a única maneira pela qual
facetas específicas da história poderiam ser realizadas: “A grande beleza
da câmera é que ela realmente vê o tempo. Antes de a câmera de cinema existir,
não havia como as pessoas conceberem coisas como câmera lenta ou câmera
reversa. Então, o cinema em si é a janela para o tempo que permitiu que este
projeto se concretizasse. É literalmente um projeto que só existe porque a
câmera de cinema existe”, reforça.