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Final do 'Circuito do Rock' terá votação do público; saiba mais

As bandas Plan B, Saulo Wolf N’ The gang e Tio Capone concorrem ao prêmio da competição organizada pela Prefeitura de Belo Horizonte



Créditos da imagem: Michele Carvalho
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Representando o Centro Cultural Venda Nova, onde já se apresentou no evento “Independência e Rock”, a banda belo-horizontina Tiocapone concorre no Circuito do Rock com a canção “Meu cabelo é bom”
Redação Sou BH
21/02/22 às 08:19
Atualizado em 21/02/22 às 08:19

Com o objetivo de dar visibilidade e conectar iniciativas voltadas ao rock em Belo Horizonte, a competição "Circuito do Rock", organizada pelo Circuito Municipal de Cultura, decide nesta semana qual será a banda que ganhará a produção de um videoclipe profissional roteirizado, dirigido e gravado pela Babilonya Film, produtora independente da capital mineira que já assinou trabalhos para o cantor Djonga, a banda Rosa Neon e a dupla Hot e Oreia. 

Estão competindo Plan B, Saulo Wolf N’ The gang e Tio Capone, três bandas representativas dos festivais "Rock da Regina", do Centro Cultural Lindéia Regina, no Barreiro, "Independência e Rock", do Centro Cultural Venda Nova, e "Rock da Pampulha", do Centro Cultural Pampulha. Foram feitas gravações e edições de uma musica autoral de cada grupo, em estúdio profissional e com os custos de estrutura, técnicos e testes de covid-19 arcados pelo Circuito. Os vídeos de cada banda serão postados no canal da Fundação Municipal de Cultura no YouTube, no dia 23 de fevereiro, às 14h, dando início à competição, com votação pública aberta até o dia 25, às 20h. Os votos serão contabilizados por quantidade de likes nos vídeos, não pela quantidade de visualizações. 

O vídeo com o maior número de curtidas conquistará o primeiro lugar na competição e será premiado com um videoclipe profissional da música vencedora, que será roteirizado, dirigido e gravado pela Babilonya Film. A gravação do videoclipe inclui todo equipamento, estrutura audiovisual, direção de arte e equipe necessária. O segundo lugar receberá cachê no valor de R$3.500 e o terceiro de R$2.000. 

"Eventos como Rock da Regina, Periférico Rock, Pampulha Rock, Independência ou Rock, dentre outros, realizados nos centros culturais, são tradicionais no calendário da cidade e possuem um registro crescente de grupos e artistas locais que veem nas políticas públicas e nesses equipamentos descentralizados um lugar potente para o fluxo de suas produções. O Centro Cultural Lindéia Regina, por exemplo, possui um cadastro, com cerca de 25 grupos do Barreiro, fato que se repete em diversos outros territórios. Isso mostra a importância dos centros culturais na produção, acesso e protagonismo da música nova e independente da cidade", explica a diretora de Promoção dos Direitos Culturais, Bárbara Boff Bof.

O Circuito do Rock é uma parceria entre o Circuito Municipal de Cultura e as ações dos Centros Culturais em Rede, da Fundação Municipal de Cultura. O Circuito Municipal de Cultura é realizado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (Circ).

Conheça as bandas e as canções

A Plan B é uma banda de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, próxima à regional Barreiro, formada por quatro amigos, que se destaca pela forma divertida e descomplicada em tocar o pop rock autoral. Fundada em 2019 por Magno Maciel (compositor e guitarrista), Daiana Umbelina (voz e violão), Hugo Vieira (bateria) e Marcelo Maciel (baixo), já se apresentou em diversos eventos e casas dedicadas ao gênero, incluindo o Centro Cultural Lindéia Regina, o qual representa na competição. 


Foto: Luiza Palhares

“Já nos apresentamos algumas vezes no Centro Cultural Lindéia Regina, frequentamos e sempre que possível participamos de oficinas e eventos. Lá eles apoiam as bandas autorais independentemente do estilo, gostamos muito do evento ‘Rock do Regina’, inclusive, na edição deste ano,  já estamos com presença confirmada como atração”, conta Daiana, a Day, vocalista do grupo. 

Na competição, o grupo apresenta a canção “Eu Sei” que, segundo Daiana, “representa um estilo de rock pop dançante, trazendo uma sonoridade divertida. A letra conta sobre alguém que está muito feliz por estar vivendo em um mundo maravilhoso chamado (Paixão), mas tudo na vida tem dois lados”, afirma a cantora. 

Representando o Centro Cultural Venda Nova, onde já se apresentou no evento “Independência e Rock”, a banda belo-horizontina Tiocapone concorre no Circuito do Rock com a canção “Meu cabelo é bom”, que, segundo Junio Martins, vocalista do grupo, foi composta a partir de experiências que vivenciou ao longo dos anos. 


Foto: Michele Carvalho

“No decorrer da minha vida, tive de cortar o cabelo pra ser aceito em trabalho, alisei o cabelo para não sofrer bullying na escola. Já escutei muito um ‘corta o cabelo igual de homem’, até que resolvi deixar crescer e enfrentar todos esses preconceitos. E, depois de ver jovens de projetos sociais que eu atuo sofrendo os mesmos ataques que eu sofri , comecei a compor essa música para enaltecer vários tipos de cortes e penteados afro, conta Junio.

O cantor define o trabalho da banda como “Rock de preto”, chamado assim por trazer, em suas composições, “temas sociais ou raciais que são tratados muitas vezes de forma irônica e energizada”, completa. 

Saulo Wolf (BH) é vocalista atuante no cenário musical mineiro e, em seu projeto solo, Saulo Wolf and the gang, reúne para a apresentação os músicos Marcelo Fabbri (guitarra), Cláudio Freitas (baixo) e Fred Aquino (bateria). Terceira banda concorrente, Saulo Wolf and the gang representa o Centro Cultural Pampulha e mostra a canção autoral “Powerkill”, com letra de Saulo Wolf e música de Hudson Lucena.


O músico enaltece a ação do Circuito do Rock que, segundo ele, “exerce o trabalho fundamental não apenas para apoiar o artista independente, mas também contribuindo de forma significativa para o fomento de uma cena musical regional que é extremamente enriquecida por músicos de altíssima qualidade e, em muitos casos, não possuem oportunidade de mostrar o trabalho que possuem”, analisa Saulo.