História e modernidade! Conheça o Conjunto Arquitetônico da Pampulha
As construções projetadas por Oscar Niemeyer em 1943 marcaram a história da cidade e se transformaram em patrimônio mundial
Construções arquitetônicas,
beleza natural, modernidade, história e muito verde: essa é a Pampulha, um dos
pontos turísticos mais procurados por aqueles que passam pela nossa querida Beagá.
A região, que é um dos locais preferidos dos mineiros, abriga um grupo de
monumentos que colocou a capital na lista dos patrimônios mundiais da Unesco.
O Conjunto Arquitetônico da
Pampulha foi encomendado ao arquiteto Oscar Niemeyer pelo então prefeito
Juscelino Kubitschek e se tornou um marco para a cidade. A ideia inicial de
construir um cassino (hoje museu), uma igreja, uma casa de baile, um clube, uma
casa de descanso para JK (também transformado em museu) e um hotel (que não
vingou) se concretizou no dia 16 de maio de 1943, na presença do
presidente Getúlio Vargas.
Desde então, as construções
conquistaram o olhar dos visitantes e se tornaram um dos atrativos da cidade. Em
uma manhã ou tarde é possível visitar todos os espaços, entender melhor a
história de cada um deles e apreciar um delicioso programa ao ar livre.
Confira:
Casa do Baile
Foto: Antonio Salaverry / shutterstock.com
Inaugurada para abrigar um pequeno restaurante, um salão com mesas, pista de dança, cozinhas e toaletes, a Casa do Baile fica localizada em uma pequena ilha artificial ligada por uma ponte de concreto à orla da Lagoa da Pampulha. Desde 2002 funciona como Centro de Referência de Urbanismo, Arquitetura e Design, que tem como proposta organizar, documentar e valorizar tanto os espaços construídos e simbólicos da cidade quanto objetos que se tornaram referência na vida cotidiana da sociedade. Além disto, o espaço desenvolve exposições, divulga e produz publicações, mostras, seminários, encontros e eventos relacionados ao tema. A Casa possui ainda um salão de 255 m², um auditório de 53 lugares com recursos multimídia e salas de apoio administrativo.
Casa Kubitschek
Foto: Divulgação / Sudhertzen
Projetada na década de 40 para ser residência de fim de semana de Juscelino
Kubitschek, a casa conta a história de uma modernista por meio de
espacializações, objetos e estímulos sensoriais. Com telhado em forma de asa de
borboleta e planos inclinados, a Casa Kubitschek é um exemplo característico da
arquitetura brasileira do modernismo. Ao caminhar pelo espaço, que hoje se
tornou um museu e espaço cultural, o visitante tem uma experiência diferente em
relação aos modos de habitar das décadas de 40, 50 e 60. Além disto, os jardins
projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994) são um charme à parte.
Iate Tênis Clube
Foto: Divulgação / Lucas
Vinirosa
A arquitetura do Iate Tênis
Clube, construído em 1942, com o nome de Iate Golfe Clube, remete a um barco
que se lança nas águas da Pampulha. Com uma grande área verde e os jardins de
Burle Marx, o clube é marcado por tradição, requinte e modernidade.
Igreja São Francisco de Assis
Foto: Dado Photos / shutterstock.com
A Igreja São Francisco de Assis, popularmente conhecida como Igrejinha da Pampulha, foi o último prédio do conjunto a ser inaugurado. Com linhas arrojadas, apresenta mosaicos nas laterais da nave. Seu interior abriga a Via Sacra, constituída por 14 painéis de Portinari, considerada a sua obra mais significativa. Os painéis externos são de Cândido Portinari e de Paulo Werneck. Já os jardins são assinados por Burle Marx. É considerada a obra-prima de todo o conjunto e um motivo de orgulho para todo belo-horizontino, além de um marco na história da arquitetura brasileira.
Museu de Arte da Pampulha
Foto: Antonio Salaverry
/ shutterstock.com
Originalmente construído para abrigar um cassino em 1943, o Museu de Arte da Pampulha (MAP) é uma das mais belas edificações brasileiras. Funciona como museu desde 1957 e conta com cerca de 1.400 obras em reserva técnica, além de abrigar exposições e diversas ações artísticas, educativas e culturais. Um dos destaques do espaço são as obras de Guignard. Peças de diversos artistas plásticos como Oswaldo Goeldi, Fayga Ostrower, Anna Letycia e Di Cavalcanti também fazem parte do acervo. Atualmente o museu está fechado pois passará por um processo de restauração. Entretanto, a visitação aos jardins permanece aberta.