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História e modernidade! Conheça o Conjunto Arquitetônico da Pampulha

As construções projetadas por Oscar Niemeyer em 1943 marcaram a história da cidade e se transformaram em patrimônio mundial



Créditos da imagem: Alexandre Siqueira / shutterstock.com
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Amanda Santos *
07/01/20 às 17:00
Atualizado em 07/01/20 às 17:00

Construções arquitetônicas, beleza natural, modernidade, história e muito verde: essa é a Pampulha, um dos pontos turísticos mais procurados por aqueles que passam pela nossa querida Beagá. A região, que é um dos locais preferidos dos mineiros, abriga um grupo de monumentos que colocou a capital na lista dos patrimônios mundiais da Unesco.

O Conjunto Arquitetônico da Pampulha foi encomendado ao arquiteto Oscar Niemeyer pelo então prefeito Juscelino Kubitschek e se tornou um marco para a cidade. A ideia inicial de construir um cassino (hoje museu), uma igreja, uma casa de baile, um clube, uma casa de descanso para JK (também transformado em museu) e um hotel (que não vingou) se concretizou no dia 16 de maio de 1943, na presença do presidente Getúlio Vargas.

Desde então, as construções conquistaram o olhar dos visitantes e se tornaram um dos atrativos da cidade. Em uma manhã ou tarde é possível visitar todos os espaços, entender melhor a história de cada um deles e apreciar um delicioso programa ao ar livre. Confira:

Casa do Baile


Foto: Antonio Salaverry / shutterstock.com

Inaugurada para abrigar um pequeno restaurante, um salão com mesas, pista de dança, cozinhas e toaletes, a Casa do Baile fica localizada em uma pequena ilha artificial ligada por uma ponte de concreto à orla da Lagoa da Pampulha. Desde 2002 funciona como Centro de Referência de Urbanismo, Arquitetura e Design, que tem como proposta organizar, documentar e valorizar tanto os espaços construídos e simbólicos da cidade quanto objetos que se tornaram referência na vida cotidiana da sociedade. Além disto, o espaço desenvolve exposições, divulga e produz publicações, mostras, seminários, encontros e eventos relacionados ao tema. A Casa possui ainda um salão de 255 m², um auditório de 53 lugares com recursos multimídia e salas de apoio administrativo.

Casa Kubitschek


Foto: Divulgação / Sudhertzen

Projetada na década de 40 para ser residência de fim de semana de Juscelino Kubitschek, a casa conta a história de uma modernista por meio de espacializações, objetos e estímulos sensoriais. Com telhado em forma de asa de borboleta e planos inclinados, a Casa Kubitschek é um exemplo característico da arquitetura brasileira do modernismo. Ao caminhar pelo espaço, que hoje se tornou um museu e espaço cultural, o visitante tem uma experiência diferente em relação aos modos de habitar das décadas de 40, 50 e 60. Além disto, os jardins projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994) são um charme à parte.

Iate Tênis Clube

 
Foto: Divulgação / Lucas Vinirosa

A arquitetura do Iate Tênis Clube, construído em 1942, com o nome de Iate Golfe Clube, remete a um barco que se lança nas águas da Pampulha. Com uma grande área verde e os jardins de Burle Marx, o clube é marcado por tradição, requinte e modernidade.

Igreja São Francisco de Assis


Foto: Dado Photos / shutterstock.com

A Igreja São Francisco de Assis, popularmente conhecida como Igrejinha da Pampulha, foi o último prédio do conjunto a ser inaugurado. Com linhas arrojadas, apresenta mosaicos nas laterais da nave. Seu interior abriga a Via Sacra, constituída por 14 painéis de Portinari, considerada a sua obra mais significativa. Os painéis externos são de Cândido Portinari e de Paulo Werneck. Já os jardins são assinados por Burle Marx. É considerada a obra-prima de todo o conjunto e um motivo de orgulho para todo belo-horizontino, além de um marco na história da arquitetura brasileira.

Museu de Arte da Pampulha


Foto: Antonio Salaverry / shutterstock.com

Originalmente construído para abrigar um cassino em 1943, o Museu de Arte da Pampulha (MAP) é uma das mais belas edificações brasileiras. Funciona como museu desde 1957 e conta com cerca de 1.400 obras em reserva técnica, além de abrigar exposições e diversas ações artísticas, educativas e culturais. Um dos destaques do espaço são as obras de Guignard. Peças de diversos artistas plásticos como Oswaldo Goeldi, Fayga Ostrower, Anna Letycia e Di Cavalcanti também fazem parte do acervo. Atualmente o museu está fechado pois passará por um processo de restauração. Entretanto, a visitação aos jardins permanece aberta.

*sob supervisão do jornalista Júnior de Castro