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Inhotim reabre a icônica obra de Cildo Meireles

'Desvio para o vermelho I, II e II' ganhou nova pintura do mobiliário e das paredes



Créditos da imagem: Brendon Campos
Main cildo meireles  desvio para o vermelho i  ii e ii  1967   1984   no instituto inhotim. fev2022. foto  brendon campos
O título da obra faz referência ao fenômeno físico “desvio para o vermelho”, um caso particular do Efeito Doppler, que indica a cor vermelha como frequência de ondas de luz percebida pelo observador quando os corpos celestes se afastam
Redação Sou BH
19/02/22 às 00:00
Atualizado em 19/02/22 às 00:00

Uma das obras mais icônicas do Inhotim está de volta! "Desvio para o Vermelho I, II e II", do artista Cildo Meireles, acaba de reabrir para visitação após um processo de nova pintura do mobiliário e das paredes, higienização de obras e objetos, e substituição de carpete e forro.

“Fechada desde o início da pandemia, a obra passou por um processo de conservação e restauro feito por uma equipe de cerca de 20 profissionais, entre conservadores e restauradores, técnicos de produção e assistentes de produção artística e montagem, pedreiros, produtores artísticos e eletricistas. Para além dos reparos, também houve reposição e troca de alimentos da geladeira da sala da obra, como frutas e gelatinas”, conta Bruna Oliveira, coordenadora da área técnica do Inhotim.

O título da obra faz referência ao fenômeno físico “desvio para o vermelho”, um caso particular do Efeito Doppler, que indica a cor vermelha como frequência de ondas de luz percebida pelo observador quando os corpos celestes se afastam. 

Para quem ainda não conhece, o trabalho é estruturado em três ambientes articulados. O primeiro deles, nomeado (Impregnação), reúne uma coleção de móveis, objetos e obras de arte em tons de vermelho, organizados em uma sala. A saturação monocromática do primeiro ambiente contrasta com a penumbra do segundo, (Entorno), no qual o público pode observar uma pequena garrafa caída no chão, cujo líquido vermelho derramado produz uma grande mancha no espaço. Este caminho do líquido conduz o público a uma sala totalmente escura, (Desvio), onde o passeio é guiado pelo som de água corrente. A escuridão é quebrada apenas por uma pia deslocada, por onde sai uma água vermelha que cria a sonoridade do ambiente.

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