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Matheus Brant fala sobre dia a dia e desafios durante a quarentena

Apresentando artistas mineiros, o Sou BH abre espaço para o músico que também faz sucesso no Carnaval de BH com o Bloco Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro



Créditos da imagem: Jorge Bispo
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Déborah Rodrigues *
04/05/20 às 18:30
Atualizado em 21/05/20 às 13:14

Os amantes do bom e velho pagode, em especial aqueles saudosistas dos anos 90, devem conhecer o músico e compositor belo-horizontino Matheus Brant. Além de composições autorais, o mineiro faz releituras dos maiores clássicos do gênero e arrasta multidões no Carnaval de BH com o Bloco Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro.


Cheio de criatividade e versatilidade, seu som pode ser ouvido no Spotify, Deezer, Youtube e Google Play Música, inclusive o novo disco, “Cola Comigo”, onde Matheus convida um time de peso da MPB e inova em releituras surpreendentes do ritmo brasileiro.


Uma das formas encontradas pelo compositor e a produtora UMA para se manter durante a crise, é levando shows on-line às marcas que querem se fortalecer e apoiar seus colaboradores. A empresa contrata o serviço e recebe lives com o melhor da música do cantor, bate papo pelas redes sociais e conteúdos exclusivos, tudo totalmente personalizado.


O músico conta que também tem feito lives em seu perfil no Instagram e na página do Bloco Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro, sempre com artistas convidados, ou sendo convidado por outros artistas para interagir com o público, levar entretenimento e levantar renda nesse momento de crise. Porém, Brant fala das dificuldades e desigualdades sofridas no meio artístico, que tornam o momento ainda mais complicado para os músicos. “Essas lives e vídeos são apenas "rentalizadas", gerando efetivo dinheiro, quando feitas por grandes nomes que, certamente, já possuem uma reserva que lhes permite passar por esse período sem maiores problemas”, comenta.


De fato, o setor cultural é um dos mais afetados pela pandemia, e para Matheus, há soluções para amenizar esse desequilíbrio. Ele acredita que, além de ações por parte do governo, a própria classe musical poderia se ajudar. “Uma iniciativa seria uma redistribuição, por exemplo, dos direitos autorais que são muito concentrados em poucos artistas”, conta.


O ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) já se movimentou antecipando o pagamento de quem tinha valores a receber, mas “o sentimento de classe – uns abrindo mão em favor de outros – seria indispensável”, finaliza o músico.


*sob supervisão da jornalista Bárbara Batista