'Inimá - Um Legado de Cores' segue em cartaz com entrada gratuita até janeiro
O Museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1201 – Centro) volta a receber visitantes a partir desta terça-feira (24 de setembro), com uma exposição dedicada ao pintor que dá nome à instituição. ‘Inimá – Um Legado de Cores’ reúne 65 obras do mineiro, nascido no Vale do Aço, que foi um dos principais pintores brasileiros no século 20. O acervo da mostra conta com 10 telas inéditas para o público em geral, que pertencem a coleções particulares.
A atração segue em cartaz até 19 de janeiro e a entrada é gratuita, sem retirada prévia de ingressos. O museu funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 18h, com classificação livre. O imóvel que abriga a instituição é um patrimônio do Estado de Minas Gerais, tombado pelo conselho patrimonial do município de Belo Horizonte.
Celebrado como “o mestre das cores” e “Fauve brasileiro”, Inimá de Paula (1918-1999) marcou seu nome nas cenas nacional e internacional pelo uso intenso e expressivo das cores, pelas pinceladas vigorosas e pela aplicação do branco como um recurso que cria constrastes de tonalidades vibrantes. Pós-impressionista dono de uma interpretação autêntica da realidade brasileira, o artista deixou uma contribuição única para a arte no país.
Artista mineiro nascido em Itanhomi, no Vale do Aço, foi celebrado como “mestre das cores” brasileiro ao longo do século 20
“Esta exposição é uma oportunidade única de revisitar a obra de Inimá de Paula e entender a profundidade de seu legado. Ele soube explorar as cores de forma singular, criando uma linguagem visual que traduz a essência da cultura brasileira. ‘Inimá – Um Legado de Cores’ não é apenas uma homenagem ao artista, mas um convite ao público para imergir em sua visão sensível e audaciosa da realidade”, destaca Vitor Camarano, curador da mostra e coordenador artístico do Museu Inimá de Paula.
Em sua trajetória, Inimá de Paula pintou paisagens, figuras humanas e cenas do cotidiano, priorizando o impacto emocional das cores em suas composições. Vivendo no Rio de Janeiro na década de 1940, conviveu com talentos modernistas como Portinari e Pancetti, de quem colheu influências. Nos anos 1960 e 1970, sua obra incorporou novos temas, como paisagens urbanas e questões sociais.
A partir da década de 1970, durante uma residência no Japão, a obra do mineiro atingiu um novo patamar cromático, intensificando o uso de cores puras e criando composições marcadas por sua sensibilidade estética. Ao longo da vida, ele participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior, sendo agraciado com prêmios de grande relevância como a Palma de Ouro e a nomeação como membro fundador do Salão de Belas Artes Brasil-Japão.
Museu aberto em 2006, no Centro de BH, passou pela primeira grande reforma desde a inauguração
Aberto em 2006, o Museu Inimá de Paula passou por sua primeira grande reforma desde a inauguração. O retorno das exposições consolida a importância do espaço para a cultura de Belo Horizonte: além da exposição, a instituição seguirá promovendo ações educativas, como visitas guiadas e oficinas culturais, mantendo-se um ponto de referência para estudantes, pesquisadores e apreciadores de arte.