Cultura

Pela primeira vez, Virada Cultural de Belo Horizonte terá formato híbrido

A programação será totalmente gratuita e com a maior parte das atividades apresentadas on-line


Créditos da imagem: Divulgação
O Vira Praça Sete mescla música soul, disco, samba, choro, cinema, rock, dança, MPB, instrumental, pagode e sertanejo

Redação Sou BH

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06/10/21 às 13:17
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A Virada Cultural de Belo Horizonte já tem data para acontecer. Com uma programação de 24 horas ininterruptas de atrações, o evento está agendado para os dias 16 e 17 de outubro. A programação é totalmente gratuita e a edição do evento deste ano será a primeira em formato híbrido, com a maior parte das atividades apresentadas on-line.

Para a secretária municipal de Cultura e presidenta interina da Fundação Municipal de Cultura, Fabiola Moulin, a Virada representa o momento de mostrar toda a riqueza artística e cultural dos artistas e coletivos da cidade. “Queremos que os belo-horizontinos vibrem e virem conosco nesta edição virtual. E a Virada não se encerra no evento em si, estamos deixando um legado para os artistas, eles irão receber o material da sua apresentação como possibilidade de uso em seus portfólios”, conta. 

As diversas linguagens artísticas e culturais estarão representadas na programação, em múltiplas áreas (teatro, dança, música, intervenções e instalações urbanas, cultura popular, gastronomia, moda e design, bem-estar e saúde, cinema, literatura e muito mais). Na música, o festival contará com estilos variados, além de oficinas que convidam o público a refletir sobre como essa arte é construída, traduzida e interpretada. Entre os destaques, estão as atrações populares e periféricas, linguagens importantes que evidenciam a pluralidade da cultura de Belo Horizonte.

Cultura vibra, viva, vira

Com transmissão ao vivo pelo canal oficial da Fundação Municipal de Cultura no YouTube, serão dez “Viras” — espaços nos quais as atrações serão exibidas simultaneamente. Ao todo, serão 240 horas de conteúdo.A escolha dos nomes dos espaços segue a proposta de virar 24 horas com acesso à arte e à cultura produzidas na capital mineira.

Além dos locais já conhecidos das edições passadas, os Viras traduzem a proposta da pluralidade do festival. O Vira e Faz traz oficinas e atividades formativas em diversas áreas, como a atividade do grupo Todos Estão Surdos, que propõe ensinar a tradução e a interpretação de músicas por meio de Libras.

Samba, forró, congado e outras manifestações de cultura popular podem ser vistas no Vira Saia. Uma das atrações é o Bloco Caricato Estivadores do Havaí, que, para relembrar um pouco do carnaval, saiu do asfalto da Avenida dos Andradas para sambar no Mirante do Mangabeiras. Marcelo Veronez estará no Vira Virou, que será ao vivo, durante todo o festival, e trará a paixão do cantor, ator e diretor pelos vinis, com muitas histórias, conversas com artistas e bom humor.

O Vira Pipoca reúne cinema, teatro, dança, performances, gastronomia e literatura. A programação conta, além de outros artistas, com Camaleão Grupo de Dança, que apresenta “Veias Abertas”, um vídeo dançante que retrata a energia vital que move o mundo.

Com pautas sociais em destaque, o Vira Guaicurus combina música, teatro, dança, moda, performance e circo. O show da cantora baiana Josyara terá como palco a laje da Associação Cultural do Aglomerado da Serra e apresenta, em formato voz e violão, seu repertório de músicas autorais. Ela faz parte da programação parceira Divina Maravilhosa. Atrações para o público infantil, shows de MPB e de música instrumental, contação de histórias, bate-papos, atividades de prática do bem-estar e da saúde estão no Vira Bem. O instrutor de yoga Al Felipe ensina no workshop “Pranayamas: uma experiência para potencializar a energia vital” técnicas de respiração que relaxam o corpo e a mente. É também nesse espaço que o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais realizará a apresentação “Bombeiro Instrumental Orquestra Show” direto do terraço do Edifício Itamaraty.

O Vira Estação, que remete a um dos espaços mais tradicionais das edições anteriores, tem samba, música pop e eletrônica, blocos de carnaval, funk, rap, MPB e jazz. Uma das atrações é o Bloco Funk You, bastante conhecido do carnaval da capital, que gravou sua apresentação no Grande Teatro do Palácio das Artes, levando o funk para um espaço não tradicional para o gênero. O Vira Praça Sete mescla música soul, disco, samba, choro, cinema, rock, dança, MPB, instrumental, pagode e sertanejo. O show “Não importa a pergunta, a resposta é o amor”, protagonizado pelo chorista Dudu do Cavaco, proposta do Instituto Mano Down, é uma das atrações.

Já o Vira Geek é promovido pelos parceiros GRM E-sports, Saga Escola de Artes Gráficas e  Cosplay Art, que oferecem oficinas de softwares, webinars com empresários da área e transmite as finais de campeonatos de League of Legends (LOL), Wild Rift e TeamFight Tactics (TIF).

Outro espaço que apresentará a diversidade da produção cultural é o Vira Mix, que mescla um pouco da programação dos outros espaços e oficinas de música, literatura e gastronomia, com chefs e profissionais do Senac ensinando pratos típicos da cultura mineira.

Já no site oficial da Virada Cultural de Belo Horizonte 2021, cães e gatos terão um lugarzinho especial no Vira Lata, que reunirá os animais em situação de rua que precisam de um lar e pessoas que queiram adotá-los. Dentro de todos os Viras, pílulas com dicas sobre o mundo pet serão inseridas. O espaço é uma parceria da Prefeitura Belo Horizonte, por meio do Centro de Controle de Zoonoses São Bernardo, com o Grupo de Proteção Animal Cidade Administrativa e o AuQueMia Proteção Animal.