Obra leve e bem humorada buscou inspiração em momentos difíceis enfrentados por França e Brasil
Durante uma viagem, o coreógrafo Allan Keller presenciou a comoção nacional dos franceses em 2015 após o atentado terrorista à sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, que deixou 12 vítimas fatais. “Eu vi de perto aquilo acontecendo, o luto do país inteiro em torno daquela violência”, recorda-se.
De volta ao Brasil, o mineiro de Três Marias deparou-se com uma crise hídrica que provocava racionamento no consumo de água pela população. Essa sucessão de incidentes infelizes, com grande impacto na vida de ambas as comunidades, levou o artista à reflexão sobre “como os países reagiram a esses acontecimentos”, segundo o próprio. Desse embate nasceu o espetáculo ‘Tchibum’, que chega a BH neste fim de semana (18, 19 e 20/11), na Funarte.
Apesar de inspirada em dois momentos duros, a obra de dança contemporânea equilibra-se sobre uma leveza que tem forte inspiração na arte satírica francesa, sempre em busca do humor. Os problemas sociais são traduzidos em coreografias que colocam os bailarinos dentro de uma pequena piscina no palco, e criam situações a partir de suas locomoções neste espaço.
Além do público brasileiro, a criação de Keller já foi apresentada a plateias da Alemanha, Portugal e República Tcheca. As sessões deste fim de semana têm preços promocionais.
TCHIBUM – Paraopeba Cia de Dança
18, 19 e 20 de novembro (sexta, sábado e domingo), às 20h.
Onde: Rua Januária, 68 – Centro, Belo Horizonte
Ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) podem ser comprados na portaria do teatro no dia do evento, ou antecipadamente pelo Sympla.
Duração: 42 minutos
Classificação indicativa: 12 anos