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Lucy

Blog “A última sessão” analisa o mais novo filme de Scarlett Johansson



Créditos da imagem: Reprodução
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A bela atriz é protagonista de uma ação de Luc Besson
Redação Sou BH
25/09/14 às 18:37
Atualizado em 01/02/19 às 20:00

Por Carlos Henrique, do Blog A última sessão

O francês Luc Besson é um verdadeiro especialista em filmes de ação. Como produtor, é o responsável por duas franquias que abusam da adrenalina e do impossível, “Busca Implacável”, com Liam Neeson e “Carga Explosiva”, com Jason Statham. Ou seja: quanto mais perseguição, tiros e explosões, melhor.

Mas Besson sabe como poucos retratar mulheres como grandes heroínas. Ele revelou Natalie Portman, aos 13 anos, em “O profissional”, deu a Milla Jojovich seu melhor papel na pele de “Joana D’Arc” e criou a personagem “Le Femme Nikita”, que virou filme e série de TV. Agora é a vez de Scarlett Johansson entrar nesta galeria de mulheres super poderosas com “Lucy”.

Lucy é uma turista americana em Taiwan que se mete em uma grande enrascada e é obrigada a fazer o trabalho de “mula” transportando uma droga poderosíssima para os Estados Unidos. Mas o conteúdo do pacote vaza dentro da barriga dela. A grande quantidade da droga em seu organismo faz com que a capacidade cerebral de Lucy comece a aumentar em níveis extraordinários.



Enquanto todos os seres humanos usam apenas 10% da capacidade cerebral, Lucy vê sua atividade ser ampliada cada vez mais, ativando partes do seu cérebro que lhe dão habilidades sobre-humanas. Ela consegue interceptar ondas celulares e reorganizar seus átomos para mudar a estrutura do próprio corpo. 



E a evolução não para por aí. Morgan Freeman usa toda a sua credibilidade para interpretar um especialista em pesquisa cerebral que didaticamente nos explica o que está acontecendo com o cérebro de Lucy. Freeman, com seu tom de voz característico, é um ator capaz de nos convencer até de que a Terra é quadrada. Aqui, ele ajuda a tornar aceitável situações que, por pouco, não seriam risíveis.

Infelizmente, esta história não acaba tão bem… não para Lucy, mas para o filme como um todo. Ele começa tenso com Scarlet Johansson em grande momento; descamba para a ação desenfreada, especialidade de Luc Besson; e termina com altas doses de filosofia e ciência pra lá de questionável.



Para curtir os 90 minutos de “Lucy”, o melhor a fazer é comprar a premissa que só usamos 10% do nosso cérebro e aceitar desligar pelo menos 5% da nossa própria inteligência durante o filme. Assim você se entrega sem restrições à história e não perde tempo tentando compreender todo o blábláblá cientifico e filosófico. No final das contas, “Lucy” é diversão das boas. Só podia ser melhor.