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Belo-horizontino está planejando mais os gastos

<p>Pesquisa da Fecomércio/MG apontou aumento das contas feitas na ponta do lápis</p>



Créditos da imagem: Shutterstock
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Redação Sou BH
12/08/14 às 13:37
Atualizado em 01/02/19 às 19:23

Aumentou em setembro o número de consumidores que declara planejar as finanças pessoais. A pesquisa Orçamento Doméstico do Consumidor de Belo Horizonte, realizada mensalmente pela Fecomércio/MG, mostra que 63,3% dos entrevistados possuem a intenção de controlar os gastos. Na pesquisa anterior esse registro foi de 61,8%.

Além disso, a situação financeira melhorou. Aqueles que conseguem planejar o orçamento e ainda sobra algum recurso somam 42,1%, representando aumento se comparado à pesquisa anterior, que apontou 39,5%. Ainda assim, a recomendação é ficar atento às compras por impulso, o maior inimigo das planilhas.

Após o pagamento dos compromissos financeiros, 33,1 % afirmaram que usam o recurso excedente, quando há, com atividades de lazer. Na sequência de prioridades, vêm as compras/consumo, com 26,1%. Em terceiro lugar, com 25,8%, o investimento em poupança. O pagamento de dívidas ficou com 11,1% e 2,9% responderam que investem em aposentadoria, mesmo percentual do turismo.

Na via contrária, quando a renda não é suficiente para cobrir todas as despesas, a ação mais adotada, com 59,8% das respostas, é o corte de itens e serviços considerados supérfluos. Isso implica em priorizar artigos de primeira necessidade e ainda substituir marcas e produtos. A seguir aparecem os consumidores que deixam de pagar alguma conta ou prestação, com 26,7%. As aplicações como a poupança são sacrificadas em 5,3% dos casos.

Para o economista da Fecomércio/MG Gabriel de Andrade Ivo, a pesquisa demonstra que o consumidor sempre inicia o mês com alguma intenção no planejamento de suas despesas. Mas é importante acompanhar a qualidade desse planejamento, uma vez que há grande diferença entre a intenção e a efetividade do planejamento.

?O fato de priorizar o planejamento não diminui o apetite dos consumidores pelo crédito fácil. A combinação de planejamento displicente, estimulado pelas compras emocionais e uso de cartão de crédito parcelado, sinaliza risco de inadimplência no futuro?, alerta o economista.