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Inovação: empresário aposta no mercado de cervejas artesanais e expande negócio familiar

Há 10 anos, o cervejeiro Cristiam Rocha assumiu o mercado do pai e criou uma das principais cervejarias de Minas



Créditos da imagem: Divulgação/Sebrae Minas
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Redação Sou BH
17/07/18 às 13:34
Atualizado em 11/02/19 às 19:31

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A cerveja é uma bebida milenar, produzida a partir da fermentação de cereais. É a terceira bebida mais consumida no mundo, atrás apenas da água e do café. Fabricar cerveja é preservar uma tradição que atravessou os tempos. E é assim que o cervejeiro Cristiam Rocha, pioneiro em Juiz de Fora, encara seu ofício. Há 10 anos, quando assumiu o negócio do pai, um mercadinho de secos e molhados, ele revitalizou o estabelecimento e passou a ofertar novos produtos, a exemplo dos caldos durante o inverno. Como as pessoas queriam também caldos no verão, veio a ideia: “Caldo de verão é cerveja”.

Antes de por a ideia em prática, Cristiam estudou, pesquisou mercados, conheceu modelos e planos de negócios. Em 2002, frequentou o Empretec (seminário de empreendedorismo desenvolvido pela ONU e aplicado no Brasil exclusivamente pelo Sebrae) e, a partir daí sua relação com a instituição só cresceu. “Participo continuamente de cursos, palestras, feiras. O Sebrae é imprescindível na vida do empreendedor”. Em 2007, criou a Profana, uma cerveja especial. O nome alude à “rivalidade” entre o vinho e a cerveja – aquela é considerada uma bebida dos deuses, feita com frutas, enquanto esta é à base de cereais, com intervenção humana. “Ou seja, se o vinho é divino, a cerveja é profana”, diz.

A fábrica em Juiz de Fora ocupa uma área de 2,2 mil m² e a produção atual é de aproximadamente 20 mil litros por mês, mas a capacidade total pode chegar a 300 mil litros mensais. A produção é escoada para bares, restaurantes e mercados da cidade e região, além de boa demanda em Belo Horizonte e na fluminense Petrópolis. A Profana também atende a terceiros, fornecendo processos e maquinários para pequenos cervejeiros. Outra forma de expandir a marca são os eventos que acontecem num espaço contíguo à fábrica, uma área de 1,2 mil m², utilizada para shows diversos e, claro, consumo de cerveja.

Indagado sobre a possibilidade de exportação, Cristiam é enfático: “Cerveja é um produto perecível, que não se dá bem em longas distâncias. Para exportar, é preciso muito valor agregado e uma logística bem articulada”. Essas dificuldades não impedem, porém, que o empreendedor sonhe em mostrar seu produto ao mundo. Tanto que ele está articulando uma parceria interessante com um produtor peruano. A ideia é fabricar sua cerveja no Peru e o parceiro produzir a dele em Juiz de Fora.

Aliás, quando esse projeto binacional entrar em prática, os peruanos já poderão experimentar o novo produto da fábrica de Juiz de Fora, a Golem, outra cerveja especial. “A Golem já nasceu no primeiro degrau da qualidade, uma vez que ela é da categoria super premium, pronta para atender a um público mais exigente”. Ele explica a razão do nome Golem: “O ´m´ remete a ´Minas´ e o resto da palavra é aquilo mesmo que o consumidor faz com uma boa gelada”, explica.

A velha Profana e a novata Golem são cervejas artesanais, produtos em que o fabricante tem total interação com os processos. “A preocupação das cervejarias industriais é com o custo da produção, mutilando suas características naturais”, compara o mestre cervejeiro juiz-forano. Cristiam tem, entre os planos futuros, utilizar a capacidade total da fábrica (300 mil litros/mês) e seguir aplicando o conhecimento que adquiriu em melhorias no negócio. “O que aprendemos no Sebrae vale para todos os dias das nossas vidas”, pontua o cervejeiro.


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