Consumidores mineiros devem gastar R$ 50 nesta Páscoa, estima Fecomércio
Para a CDL, tíquete médio será de R$ 47,69 em Belo Horizonte
Considerada a terceira data comemorativa mais rentável para
o comércio no primeiro semestre (13,0%), a Páscoa irá impactar 44,5% das
empresas varejistas de gêneros alimentícios de Minas Gerais, 5,2 pontos
percentuais (p.p) abaixo em comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com a pesquisa “Expectativa do Comércio Varejista
– Páscoa 2021”, divulgada nesta quinta-feira (25) pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, 54%
dos empresários esperam que o consumidor gaste, em média, até R$50,00 com
produtos relacionados à Páscoa.
A cautela do segmento reflete o atual cenário da pandemia de
Covid-19 em todo o estado, que impôs a restrição no funcionamento de milhares
de negócios. Apesar disso, para 43,8% dos empresários, o otimismo/esperança e a
percepção de melhora das vendas nos últimos meses (28,1%) são fatores que podem
potenciar o faturamento no período. Apostando nesses fatores, 18,5% das
empresas acreditam que os resultados serão superiores ao registrado em 2020.
Para atrair os consumidores, 45,7% dos empresários pretendem
investir em promoções e liquidações e 20,8% irão apostar na divulgação. “O
apelo emocional das datas comemorativas ajuda a sustentar a confiança nas
vendas. Mesmo com o isolamento social, muitos consumidores devem dar presentes
de Páscoa, como ovos de chocolate. Além disso, a data aquece o comércio de
gêneros alimentícios, um dos setores autorizados a funcionar, desde que siga os
protocolos contra o Covid-19”, explica a analista de pesquisa da Federação,
Carolina Barcelos.
Superando a desconfiança
Por outro lado, 54,3% dos empresários afirmaram que as
vendas serão piores em comparação ao ano passado, devido à crise econômica
(44,7%), à pandemia do novo coronavírus (43,6%) e à falta de dinheiro/desemprego
(35,1%).
Com a renda das famílias afetada pela crise causada pelo
novo coronavírus, a analista de pesquisa pontua que os empresários podem
apostar em diferenciais para potencializar as vendas do período. “Com boa parte
do comércio fechado, uma alternativa é apostar na força das redes sociais e nos
canais de atendimento para alavancar as vendas. Além disso, o delivery segue como solução permitida pelo governo”,
ressalta Carolina.
O levantamento também apontou que 93% dos entrevistados
acreditam que o consumidor fará busca de preços durante as compras. Já a forma
de pagamento mais esperada pelos empresários é o cartão de crédito (53,8%), em
uma única parcela. Essa opção cresceu 17,3 p.p. em relação ao mesmo período, um
reflexo das mudanças no consumo causada pela pandemia.
A pesquisa “Expectativas do Comércio Varejista – Páscoa 2021” foi realizada com 389 empresas espalhadas pelas dez regiões de planejamento do estado (Alto Paranaíba, Central, Centro-Oeste, Jequitinhonha-Mucuri, Noroeste, Norte, Rio Doce, Sul de Minas, Triângulo e Zona da Mata). A escolha visa tornar a análise mais abrangente e completa. A margem de erro da pesquisa, realizada entre 1° e 10 de março, é de 5 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Páscoa em BH será de vendas com tíquete médio de R$ 47,69, aponta pesquisa da CDL/BH
De acordo com os entrevistados, 75,8% dos consumidores irão optar pelo pagamento no cartão de débito, 15,2% à vista no crédito e 5% no dinheiro. Segundo a pesquisa, os empresários acreditam que os consumidores irão realizar pagamentos à vista com o objetivo de manter a vida financeira saudável e evitar o endividamento futuro.
São muitas as opções de chocolate nas prateleiras, mas os lojistas acreditam que alguns formatos serão os preferidos do consumidor nesta Páscoa. Em destaque: tablete ou barra de chocolate (24,2%); ovo de páscoa (22,2%); caixa de bombons (19,2%) e cesta de bombons (12,1%).
A força das vendas on-line, especialmente neste período de ‘onda roxa’, foi confirmada por outra recente pesquisa CDL/BH realizada entre os dias 8 e 22 de março, com 235 comerciantes da cidade. Dentre as principais estratégias adotadas pelos lojistas para continuarem na ativa, em primeiro lugar (67,2%) estão as vendas on-line, seguidas de divulgação em redes sociais e telemarketing (20%) e atendimento sob demanda (5,5%). "Dentro das dificuldades e restrições, os lojistas têm se adaptado e buscado alternativas para amenizar os prejuízos. As vendas on-line, sem dúvida, são a principal opção e têm sido a salvação de muitos negócios", pontua o presidente da CDL/BH.