Expectativa de crescimento nas vendas de Páscoa impulsiona o comércio varejista em Minas Gerais
Com a proximidade da Páscoa, comerciantes de Minas Gerais esperam um aumento nas vendas. De acordo com a pesquisa “Expectativa do Comércio Varejista – Páscoa 2025”, do Núcleo de Estudos Econômicos e de Inteligência & Pesquisa da Fecomércio MG, 41,7% dos varejistas do setor alimentício acreditam em um crescimento nas vendas, impulsionado pelas tradições da data. Além disso, 39,9% dos empresários esperam faturar mais do que em 2024, indicando um cenário de crescimento para o setor.
Para 47% das empresas impactadas pela Páscoa, as vendas devem se manter no mesmo nível de 2024, enquanto 11,9% preveem um desempenho pior. Além disso, 55% dos negócios do setor alimentício não sentem qualquer influência da data nas vendas. O período comercial da Páscoa vai de 27 de fevereiro a 16 de abril de 2025.
A pesquisa entrevistou 374 empresas entre 10 e 20 de março, com aproximadamente 37 em cada região de planejamento, incluindo Alto Paranaíba, Central, Centro-Oeste, Jequitinhonha-Mucuri, Zona da Mata, Noroeste, Norte, Rio Doce, Sul de Minas e Triângulo. As áreas mais beneficiadas pelas vendas, segundo o levantamento, são Sul de Minas, Zona da Mata, Jequitinhonha-Mucuri e Central.
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Entre os fatores apontados para o aumento das vendas, destacam-se o valor afetivo da Páscoa (49,3%), otimismo (37,3%) e aquecimento do comércio (20,9%). Já entre os motivos para uma expectativa negativa estão os preços altos (55%), crise econômica (30%) e o endividamento dos consumidores.
A economista Gabriela Martins, da Fecomércio MG, ressalta que a Páscoa de 2025 traz expectativas positivas e se mantém como uma data relevante para o varejo de alimentos em Minas Gerais. “Percebemos que, neste ano, mais empresas esperam ser impactadas. Além disso, mesmo com os preços elevados, há uma projeção de vendas superiores às de 2024. Notamos também uma mudança no foco dos empresários, que agora apostam mais na venda de ovos de Páscoa, ao contrário do ano passado, quando a preferência estava nas caixas de bombons, produtos de menor valor médio. O impacto emocional da data e a disposição dos consumidores para gastar, mesmo recorrendo ao parcelamento no cartão de crédito, também reforçam as expectativas de crescimento para o período”, afirma Martins.