Estratégias simples, como “pechinchar”, escolher a melhor forma de pagamento e aderir a programas de fidelidade, podem salvar seu orçamento pessoal
Todo
início de ano é a mesma coisa. Além das contas habituais, chegam os impostos,
compra de material escolar, parcelamentos remanescentes de compras anteriores e
outras despesas que pesam o orçamento das famílias. Após um ano em que a maior
parte dos brasileiros teve sua renda impactada de alguma forma, seja por
demissões, suspensão do contrato de trabalho ou queda no consumo de produtos e
serviços, a organização e o planejamento financeiro se tornaram a principal
meta para 2021. E é preciso começar agora!
Coloque os gastos no papel
A
consultora de finanças pessoais Bethânia Pires acredita que o primeiro grande
passo para ter controle financeiro é saber a direção que o seu dinheiro está
tomando. “É preciso parar e colocar na ponta do lápis todos os seus gastos e
confrontá-los com o que você ganha. Passando a entender os seus hábitos de
consumo ficará mais fácil saber onde podemos economizar. Você pode fazer essa
organização no papel, em uma planilha financeira ou com o apoio de aplicativos
especializados. E, sempre que necessário, buscar ajuda especializada, pois o
profissional terá maior clareza para identificar as falhas e deficiências do
orçamento e canalizar os seus recursos para os seus objetivos”, orienta.
Faça a famosa pechincha antes de comprar
Em
seguida, é preciso apostar na mudança de alguns comportamentos. “Pesquise
sempre antes de comprar: há uma variação grande de preços entre um
estabelecimento e outro. Valorize o suor do próprio rosto e não tenha vergonha
de pedir descontos, de forma tranquila e educada. Mantenha o foco na hora das
compras: racionalizar e registrar é uma forma de controle muito assertiva para
segurar os impulsos de consumo e não gastar com o que não estava planejado; e,
se for fazer uma compra pontual, “esqueça” o cartão de crédito em casa e leve
apenas o dinheiro necessário para o item, assim você diminui o risco de sair do
orçamento”, detalha Bethânia.
Entre em programas de fidelidade
Por
fim, outra dica de ouro da consultora de finanças é aderir a programas de
fidelidade, atrelados aos seus hábitos de compra. “Esses programas não exigem
investimento financeiro e bonificam atividades e o consumo que você já teria.
Ou seja, você só tem a ganhar. Mas, é importante pensar estrategicamente e, ao
invés de participar de todos os programas que existem, se concentrar em poucos
e bons, de acordo com a sua frequência de utilização, seu objetivo e as
pontuações necessárias para o resgate”, explica Bethânia, destacando que
existem diversos programas do tipo no país e que podem facilmente ser
integrados à rotina das famílias, desde os mais tradicionais de companhias
aéreas e cartões de crédito, até os de supermercados e transporte coletivo.