Educação

Colégio Santo Agostinho aposta em vivências para transformar alfabetização

O contato com a linguagem, desde cedo, fortalece a criatividade, amplia o repertório cultural e torna o aprendizado mais prazeroso


Créditos da imagem: Divulgação
No Colégio Santo Agostinho, cada dia é uma oportunidade de aprender, descobrir e crescer No Colégio Santo Agostinho, cada dia é uma oportunidade de aprender, descobrir e crescer

Redação

|
11/09/25 às 10:24
compartilhe

Para muitas famílias, falar em alfabetização ainda desperta lembranças de cadernos repletos de caligrafia, repetições ortográficas e treinos exaustivos de letra cursiva. Essa foi a realidade de boa parte dos estudantes no final do século XX, um modelo de ensino que marcou gerações. Mas, nas últimas quatro décadas, a forma de ensinar a ler e escrever passou por uma profunda transformação.

Hoje, entende-se que a alfabetização começa muito antes do domínio formal do alfabeto e se fortalece em situações que fazem sentido para as crianças. O aprendizado se dá em contextos reais de comunicação: em uma conversa, numa roda de histórias, numa brincadeira em grupo ou mesmo ao produzir um desenho acompanhado de palavras.

Além de ser uma meta a ser cumprida, ler e escrever tornam-se parte de um processo prazeroso, no qual a curiosidade, a imaginação e as descobertas da infância ganham protagonismo.

O brincar como caminho para aprender

Essa nova concepção rompe com a ideia de que alfabetizar é apenas decodificar letras e sílabas. O que se busca hoje é proporcionar experiências que envolvam diferentes linguagens, favorecendo tanto a criatividade quanto o desenvolvimento da autonomia. O lúdico, a música, as artes e as interações sociais entram em cena como aliados indispensáveis para que a leitura e a escrita sejam vividas com sentido e entusiasmo.

“É uma alegria ver as crianças elaborando perguntas para autores, a partir de uma leitura realizada com a mediação de sua professora. É uma alegria, ainda maior, perceber seu entusiasmo em conhecer escritores e buscar entender de onde surgiram suas ideias e como as palavras deles apareceram no LIVRO!”, diz Fabiana Viana, supervisora da Educação Infantil do Colégio Santo Agostinho – Unidade Contagem.

Aprender a ler e escrever vai muito além de juntar letras. É brincar, criar, imaginar e viver experiências que tornam o conhecimento significativo desde cedo - (foto: Divulgação)
Aprender a ler e escrever vai muito além de juntar letras. É brincar, criar, imaginar e viver experiências que tornam o conhecimento significativo desde cedo(foto: Divulgação)

O exemplo do Colégio Santo Agostinho

Em Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima e Divinópolis, o Colégio Santo Agostinho tem colocado em prática essa abordagem contemporânea. A escola, conhecida por sua tradição, aposta em experiências ampliadas: em vez de restringir o processo a exercícios de repetição, incentiva o diálogo, a escuta, a produção de textos verbais e imagéticos, bem como o contato com múltiplos gêneros textuais desde cedo.

O trabalho é enriquecido por uma equipe formada por professores de sala e por especialistas em Música, Artes Visuais, Educação Física, Ensino Religioso e Língua Inglesa. A presença desses profissionais amplia os repertórios culturais e cria ambientes de aprendizagem mais instigantes e acolhedores.

Outro ponto importante é o acesso constante a acervos literários. As crianças exploram bibliotecas e espaços de leitura, conhecem diferentes autores e têm contato com convidados que aproximam a literatura do cotidiano. Assim, o livro deixa de ser apenas um objeto escolar e passa a fazer parte da vida da criança.

Ao colocar a infância no centro, respeitando seu tempo e sua forma de aprender, a alfabetização ganha um novo significado - (foto: Divulgação)
Ao colocar a infância no centro, respeitando seu tempo e sua forma de aprender, a alfabetização ganha um novo significado(foto: Divulgação)

Escola e família: uma parceria essencial

No Colégio Santo Agostinho, o processo de alfabetização também envolve as famílias. Pais e responsáveis recebem orientações sobre como apoiar o aprendizado em casa, com base em estudos científicos atualizados. Essa parceria reforça a ideia de que a alfabetização não se restringe aos muros da escola: ela se constrói no dia a dia, nas conversas, nas histórias compartilhadas e nas descobertas que se estendem para além da sala de aula.

Ao colocar a infância no centro, respeitando seu tempo e sua forma de aprender, a alfabetização ganha um novo significado. Mais do que ensinar letras, trata-se de abrir caminhos para que as crianças se reconheçam como sujeitos capazes de criar, se expressar e compreender o mundo à sua volta.

No Colégio Santo Agostinho, esse compromisso se traduz em práticas que unem tradição e inovação, mostrando que alfabetizar é, sobretudo, conectar experiências, cultivar vínculos e despertar o prazer pela leitura e pela escrita, para muito além do lápis e do papel.