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Viver o agora, estar presente e ser grato

Segundo a reprogramadora Beth Russo, somos resultado de crenças e podemos transformar presente e futuro através da consciência



Créditos da imagem: Divulgação/Beth Russo
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Júnior de Castro
24/04/20 às 20:00
Atualizado em 21/05/20 às 13:14

“A paz começa comigo. Os meus problemas são memórias que se repetem no meu subconsciente. Os meus problemas não têm nada a ver com uma pessoa, lugar ou situação. Eles são o que Shakespeare poeticamente assinalou em um dos seus sonetos como “antigas aflições renovadas”". O trecho do livro Limite Zero, de Ihaleakala Hew Len e Joe Vitale, não poderia ser mais adequado ao atual momento de transformação da Terra. Olhar para dentro de si, encontrar o seu “EU” e ter a consciência de que você é o responsável por tudo aquilo que acontece ao seu redor, é o primeiro passo para se curar e, como consequência, curar a humanidade. Entretanto, estar presente, viver o agora e se entender cocriador, não é um papel simples para a maioria das pessoas. Por isso, o Sou BH, em uma entrevista mais que especial, conversou com a reprogramadora mental e motivacional Beth Russo.

Beth, durante mais de 25 anos, trabalhou como corretora de imóveis. Segundo a própria, sempre batalhou muito e acreditava que as lutas do dia a dia e a “guerra” por uma vida melhor eram necessárias. “Eu venho de uma família com crenças altamente limitadoras. Eles tiveram uma vida muito difícil e, desde sempre, a gente ouvia que a vida era complicada”, conta a profissional, acrescentando que toda aquela carga emocional refletiu durante anos em sua vida. “Consequentemente, eu acreditava que viver era lutar, era estar numa guerra sem fim e na minha atividade profissional, eu tinha muita dificuldade de fazer negócios. Todo mundo dizia: “guerreira, Beth”. Era auto sabotagem. Aquilo confirmava todas as minhas crenças”, completa.

Russo, por outro lado, nunca se manteve acomodada e foi por meio de questionamentos a si própria, que uma virada aconteceu em sua vida. “Eu sempre fui muito buscadora, estudei muito e parei para perceber como a realidade das pessoas era diferente. Eu pensava: Deus não pode ser tão injusto. Faz alguns viverem no ‘bem bom’ e outros passarem tantos ‘perrengues’. E estudando, fazendo cursos e treinamentos, passei a entender como a vida funcionava. Nessa mecânica quântica, percebi que Deus te dá a liberdade de escolha: você colhe os resultados, pelas escolhas que fez”, revela.

Como nada acontece por acaso, na procura incessante por respostas, certo dia, Beth recebeu um e-mail sobre o ho'oponopono, uma prática havaiana, com vista à reconciliação e ao perdão, sem ligações religiosas. “Achei aquilo fantástico. Comprei livros, estudei e comecei a praticar, mas não consegui manter aquele exercício, mesmo percebendo que era algo sensacional”, pontua. No propósito de continuar buscando respostas, Russo encontrou outras ferramentas que começaram a fazer mais sentido em sua vida. “Enquanto ainda fazia meus cursos, conheci o japa-mala de 108 contas (cordão sagrado, usado para ajudar o praticante de meditação a entrar no estado meditativo) e o potencial que ele tem de manter a conexão com o divino que habita em nós. Aí, voltei a fazer a prática do ho'oponopono com o japa-mala e foi a maneira que encontrei de me conectar. Foi algo intuitivo, mas o que fez sentido pra mim”, explica.

Ainda de acordo com a reprogramadora, o mais importante em qualquer tipo de prática é a conexão. Estar presente e entender que aquilo faz sentido para pessoa, é algo transformador e uma ferramenta poderosíssima. A partir desse aprendizado e de outras intuições, Beth adaptou o mantra original e criou o ho'oponopono mágico. Na nova versão, ela acrescentou o “abençoar” – tudo que é abençoado não pode ser amaldiçoado; inseriu o nome ou apelido ao qual o praticante se sente mais conectado – o nome é um mantra que faz ligação com o divino; e inverteu as frases “sou grato” e “eu te amo” – encerrando com o amor absoluto.

Vale ressaltar, que a limpeza interior de crenças limitantes do ho'oponopono mágico tem ligação com “o todo”. Segundo Beth, quando a pessoa coloca a intenção – sem terceiras intenções –, ela é capaz de modificar toda a sua realidade. “A vida é um reflexo de tudo o que você imaginou desde que nasceu. O hoje é fruto de um pensamento do ontem e o amanhã você cria agora”, lembra.

Conheça as versões para mulheres e para homens:



A prática coletiva

Assim como somos responsáveis individualmente por tudo o que acontece a nós, a mesma responsabilidade se converte para o coletivo. O novo coronavírus tem deixado muitas pessoas em pânico, mas essa situação é uma autolimpeza da Terra, baseada em toda a vibração que, durante séculos, os seres humanos emanaram. “As pessoas precisam sair da situação de medo, precisam se conectar às boas energias e essa vibração é que vai transformar o que está acontecendo. Não é preciso que todos façam isso, mas se 10% das pessoas fizerem, a transformação será gigantesca”, afirma Beth.

Para a reprogramadora, tudo o que está acontecendo trará mais consciência, amor e gratidão à humanidade. “Eu acredito que tudo isso irá resultar em coisas positivas. As pessoas serão mais unidas, poderão entender que coisas maravilhosas estão chegando e que cada um é capaz de realizar os seus sonhos sem medo”, completa.

Por fim, Beth deixa uma mensagem aos leitores do Sou BH. “A consequência mais desastrosa de tudo o que está acontecendo, não é um vírus, não é a paralisação, não é nada disso. Mas, sim, o medo que as pessoas possam sentir. O medo traz resultados gravíssimos, porque magnetiza situações para confirmá-lo. Então, a melhor coisa que cada um pode fazer é se conectar com seu sonho. Imagine que na sua vida, aquilo que você quer experienciar, está acontecendo agora. Desfrute esse momento. Tire a atenção de tudo aquilo que não é gostoso e te traz preocupação. É preciso encontrar o porquê agradecer e esse ‘por quê’, pode ser uma pessoa amada, pode ser um talento ou qualquer coisa que te faça bem”, finaliza.