Do fígado com jiló ao tradicional Kaol, conheça os sabores que fazem parte da identidade gastronômica da capital mineira
A culinária de Belo Horizonte reflete a tradição e o sabor da gastronomia mineira. Dos bares do Mercado Central aos restaurantes históricos do Centro, há uma infinidade de pratos que conquistaram os belo-horizontinos e visitantes. Confira cinco receitas icônicas da capital e os melhores lugares para prová-las.
O fígado acebolado com jiló é um dos pratos mais tradicionais de Belo Horizonte e se tornou símbolo do Mercado Central. Popularizado por trabalhadores que aproveitavam ingredientes disponíveis na década de 1960, o prato pode ser encontrado em vários bares do local, como o Bar da Lora e o Casa Cheia.
O sucesso foi tanto que a receita entrou para o Guinness World Records em 2020, com a maior chapa de fígado com jiló do mundo, preparada por 12 chefs durante o Festival Cultural do Mercado Central.
Onde provar:
O pão de queijo mineiro se diferencia pelo uso generoso do queijo meia cura, resultando em uma textura macia por dentro e crocante por fora. Em Belo Horizonte, o quitute é encontrado em qualquer esquina, mas algumas casas se destacam pela qualidade e inovação, como A Pão de Queijaria, que oferece versões com recheios especiais, e a tradicional Dona Diva.
A receita tem origem no Ciclo do Ouro, quando o polvilho era um ingrediente abundante nas fazendas mineiras. A partir da década de 1960, o pão de queijo se popularizou nacionalmente.
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O frango ao molho pardo é um prato que divide opiniões, mas faz parte da essência da culinária mineira. Feito com sangue do frango misturado a vinagre para não coagular, o molho é engrossado com farinha e servido com arroz, angu e quiabo.
Apesar de sua origem antiga, a receita segue viva em restaurantes tradicionais, como Maria das Tranças, fundado em 1950, e Xico da Kafua, que mantém a tradição do preparo artesanal.
Onde provar:
Criado há mais de 80 anos no Café Palhares, o Kaol (arroz, ovo, linguiça e couve) se tornou um ícone belo-horizontino. O nome teria sido dado pelo compositor Rômulo Paes, e o prato já foi apreciado até por Juscelino Kubitschek.
Servido no tradicional balcão em formato de U, o prato mantém sua essência, acompanhando cachaça e muita conversa entre os clientes.
Onde provar:
O caldo de mocotó é um dos pratos mais consumidos em Belo Horizonte, principalmente no tradicional Nonô – O Rei do Mocotó. Fundado em 1964, o restaurante vende até mil unidades por dia.
A receita, feita com ossos do boi e acompanhada por cebolinha e ovos de codorna, já foi elogiada pelo chef Anthony Bourdain e continua atraindo clientes em busca de um prato reconfortante.
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