Gastronomia

5 pratos típicos de Belo Horizonte e onde encontrá-los

Do fígado com jiló ao tradicional Kaol, conheça os sabores que fazem parte da identidade gastronômica da capital mineira


Créditos da imagem: Soul de Queijo/Reprodução
Onde comer os pratos mais tradicionais de Belo Horizonte Pão de queijo, caldo de mocotó e outras receitas mineiras que são um patrimônio gastronômico da capital

Ana Clara Parreiras

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09/02/25 às 07:00
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A culinária de Belo Horizonte reflete a tradição e o sabor da gastronomia mineira. Dos bares do Mercado Central aos restaurantes históricos do Centro, há uma infinidade de pratos que conquistaram os belo-horizontinos e visitantes. Confira cinco receitas icônicas da capital e os melhores lugares para prová-las.

Fígado com jiló – O clássico do Mercado Central

O fígado acebolado com jiló é um dos pratos mais tradicionais de Belo Horizonte e se tornou símbolo do Mercado Central. Popularizado por trabalhadores que aproveitavam ingredientes disponíveis na década de 1960, o prato pode ser encontrado em vários bares do local, como o Bar da Lora e o Casa Cheia.

O sucesso foi tanto que a receita entrou para o Guinness World Records em 2020, com a maior chapa de fígado com jiló do mundo, preparada por 12 chefs durante o Festival Cultural do Mercado Central.

Onde provar:

  • Bar da Lora – Mercado Central – Av. Augusto de Lima, 744 – Centro, Belo Horizonte
  • Casa Cheia – Mercado Central – Av. Augusto de Lima, 744 – Centro, Belo Horizonte

Pão de queijo – O verdadeiro sabor mineiro

O pão de queijo mineiro se diferencia pelo uso generoso do queijo meia cura, resultando em uma textura macia por dentro e crocante por fora. Em Belo Horizonte, o quitute é encontrado em qualquer esquina, mas algumas casas se destacam pela qualidade e inovação, como A Pão de Queijaria, que oferece versões com recheios especiais, e a tradicional Dona Diva.

A receita tem origem no Ciclo do Ouro, quando o polvilho era um ingrediente abundante nas fazendas mineiras. A partir da década de 1960, o pão de queijo se popularizou nacionalmente.

Onde provar:

  • A Pão de Queijaria – R. Antônio de Albuquerque, 856 – Funcionários / Av. Álvares Cabral, 356 – Centro / lojas 2061 e 2063 Mercado Novo – R. Rio Grande do Sul, 481 – 2º andar – Centro / Espaço Vila Rica – Av. Fleming, 880 – Loja 22 b – Ouro Preto, Belo Horizonte
  • Dona Diva – Mercado Central – Av. Augusto de Lima, 744 – Centro, Belo Horizonte
  • Soul de Queijo – R. Antônio de Albuquerque, 892 – Savassi, Belo Horizonte

 

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Frango ao molho pardo – Tradição mineira

O frango ao molho pardo é um prato que divide opiniões, mas faz parte da essência da culinária mineira. Feito com sangue do frango misturado a vinagre para não coagular, o molho é engrossado com farinha e servido com arroz, angu e quiabo.

Apesar de sua origem antiga, a receita segue viva em restaurantes tradicionais, como Maria das Tranças, fundado em 1950, e Xico da Kafua, que mantém a tradição do preparo artesanal.

Onde provar:

  • Maria das Tranças – R. Estoril, 938 – São Francisco, Belo Horizonte
  • Bar do Zezé – R. Pinheiro Chagas, 406 – Barreiro, Belo Horizonte
  • Xico da Kafua – Av. Itaú, 1195 – João Pinheiro, Belo Horizonte
  • Jorge Americano – Mercado Central, Av. Augusto de Lima, 744 – 150 – Centro, Belo Horizonte

 

Kaol – O prato que representa BH

Criado há mais de 80 anos no Café Palhares, o Kaol (arroz, ovo, linguiça e couve) se tornou um ícone belo-horizontino. O nome teria sido dado pelo compositor Rômulo Paes, e o prato já foi apreciado até por Juscelino Kubitschek.

Servido no tradicional balcão em formato de U, o prato mantém sua essência, acompanhando cachaça e muita conversa entre os clientes.

Onde provar:

  • Café Palhares – Rua dos Tupinambás, 638 – Centro, Belo Horizonte

 

Caldo de mocotó – Uma tradição que atravessa décadas

O caldo de mocotó é um dos pratos mais consumidos em Belo Horizonte, principalmente no tradicional Nonô – O Rei do Mocotó. Fundado em 1964, o restaurante vende até mil unidades por dia.

A receita, feita com ossos do boi e acompanhada por cebolinha e ovos de codorna, já foi elogiada pelo chef Anthony Bourdain e continua atraindo clientes em busca de um prato reconfortante.

Onde provar:

  • Nonô – O Rei do Mocotó – Av. Amazonas, 840 – Centro, Belo Horizonte