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Você sabe a diferença entre café envelhecido e café velho?

Mineiro ama um cafezinho, e para os apreciadores da bebida, conhecer os processos de produção pode ser uma experiência surpreendente



Créditos da imagem: jazz3311/shutterstock
Main destaque jazz3311
Redação
17/09/20 às 15:49
Atualizado em 17/09/20 às 15:49

Se tem algo que mineiro ama, é um café quentinho, bem preparado. Mas, você já ouviu falar de café envelhecido? Esse é um tema muito discutido no universo dos baristas e apreciadores da bebida, que se dividem entre os que aprovam e abraçam o envelhecimento dos grãos e os que acreditam que a técnica não passa de uma forma de vender café velho.

Para comprovar que café envelhecido não é o mesmo que café velho, a Nespresso explica as diferenças e os processos do envelhecimento do grão. Confira!

 

Grãos e Torra


Para iniciar o envelhecimento do café é necessário selecionar variedades que combinem com o processo. Grãos da Indonésia e da Sumatra possuem o perfil ideal para essa técnica, sua baixa acidez e potencial aromático permitem que os grãos adquiram sabores desejados durante a maturação.
Uma torra intensa ressalta as notas especiais causadas pelo envelhecimento. Entre os sabores estão notas de Cedro, especiarias e um toque herbáceo.

 

Olhar artesanal


Para produzir um bom café envelhecido é preciso levar em consideração uma série de fatores, desde o tipo de grão até o monitoramento correto. No caso do café Master Origin Aged Sumatra Nespresso, por exemplo, os grãos, colhidos em 2016, são armazenados em sacos de juta permeáveis, onde perdem e ganham umidade durante três anos, seguindo o ritmo da natureza. A cada três meses, esses sacos são abertos para que os grãos fiquem expostos ao ar e sequem de forma uniforme, evitando o mofo e apodrecimento, que caracterizam cafés velhos.

 

A técnica perfeita

Apenas a combinação do toque do homem com a técnica apurada é capaz de gerar cafés envelhecidos. Alguns cafés passam pelo método de processamento giling basah, ou descascamento molhado, que consiste em remover o pergaminho dos grãos enquanto estes ainda estão úmidos, permitindo que sequem com mais facilidade. O resultado traz notas amadeiradas com leve toque de especiarias, além de uma percepção aveludada, ressaltando sabores de cacau e de caramelo doce, ao contrário do café velho, que conta com um amargor indesejado.