Gastronomia

Pernil, farofa e mais: o que não pode faltar na ceia de Natal dos chefs de BH

Cozinheiros retomam sabores de infância e explicam por que certas receitas permanecem indispensáveis no Natal


Créditos da imagem: Mage Monteiro / Divulgação
Natal dos chefs de BH Chefs de BH revelam os pratos que marcam suas memórias e mostram como tradições familiares definem a ceia de Natal

Ana Clara Parreiras

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09/12/25 às 16:09 - Atualizado em 09/12/25 às 17:50
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Chefs de BH definem a ceia de Natal a partir de memórias pessoais, recuperando pratos que marcaram a infância e mantendo rituais familiares que atravessaram gerações. Cada restaurante retorna a origens que orientam escolhas para a data.



Casa Azeite – Amanda Ferreira

A chef adota para o Natal um repertório que acompanha sua vida desde antes da carreira profissional. Ela organiza a ceia com preparos que definiram os encontros da família e que, segundo conta, funcionam como ponto de retorno anual. A decisão de manter receitas tradicionais, sem reinvenções, expressa a tentativa de preservar vínculos construídos à mesa.

Tom – Ana Clara Valadares

A farofa resume o sentido da data para a chef. Ela vê no preparo um elemento capaz de integrar os demais pratos e de reproduzir o ambiente que estruturava as reuniões domésticas na infância. A escolha não busca inovação, mas continuidade: manter no centro da mesa aquilo que, para ela, sustentou as ceias ao longo dos anos.

Gabo – Ornella Matos

O conjunto composto por pernil assado, cuscuz com frutas secas e salpicão vem de encontros que a chef identifica como base da formação culinária da família. A combinação traduz o modo como ela aprendeu a organizar a ceia: equilibrando pratos que unem tradição e convivência. Ao reproduzir esse trio, Ornella procura reafirmar a lógica que sempre orientou a noite de Natal.

Cozinha Santo Antônio – Ju Duarte

O peru, preparado coletivamente quando ela era criança, estruturava a véspera de Natal em sua casa. O processo reunia vizinhos e parentes durante toda a noite. Hoje, a chef adapta o ritual à operação do restaurante, mas mantém o prato como centro da ceia por considerar que a memória do preparo define a data.

A Casa da Agnes – Agnes Farkasvolgyi

O tender defumado e a rabanada cozida compõem um repertório transmitido por gerações na família da chef. Os dois pratos, ligados ao pai e à avó, permanecem em sua ceia como forma de manter vivas histórias que estruturam sua relação com a culinária. Ao incluí-los no menu de encomendas, Agnes amplia a circulação dessa herança para outras famílias.

Casulo – Marina Leite

A ceia da família da chef sempre foi construída a várias mãos. Cada parente leva um prato, reunindo influências árabes, mineiras, baianas e outras que atravessaram gerações. O resultado é uma mesa que funciona como síntese de diferentes formações. Para Marina, a diversidade do conjunto define a noite de Natal e reproduz a pluralidade que marca a própria trajetória familiar.


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