Localizado a 60 km de Belo Horizonte, estabelecimento foge do clichê de restaurante mineiro, com estilo colonial ou de fazenda
No mineirês, dialeto falado pelos habitantes de Minas Gerais, a palavra “trem” não é utilizada somente para designar o veículo que percorre os trilhos. Por aqui, “trem” é sinônimo para praticamente qualquer coisa. Inclusive, a palavra de apenas quatro letras é o nome do novo restaurante da cidade de Moeda, localizada a cerca de 60 km de Belo Horizonte e conhecida pelas suas belas serras e cachoeiras.
Com foco em releituras de pratos típicos mineiros, como o mexido, que vira risoto caipira servido em uma charmosa panelinha rústica, o estabelecimento mistura ao mesmo tempo simplicidade e sofisticação. O Trem foge do clichê de restaurante mineiro, com estilo colonial ou de fazenda. Por lá, a modernidade é notada nos pratos e na decoração, a começar pela entrada dividida entre uma escadaria e uma rampa construída com trilhos de trem de verdade. A casa conta também com o primeiro e único — até o momento — elevador da cidade, que tem menos de 5 mil habitantes. Ele foi instalado lá para garantir acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.
“Quisemos fazer algo moderno, de bom gosto, mas que também fosse simples. Que interior e cidade se sentissem bem em estar e ir ficando. Usamos o teto preto com alguns pontos verdes para destacar apenas a iluminação e induzir a visualização do cliente para todo espaço. Na recepção fizemos um Hall de entrada em homenagem a estação ferroviária da cidade, um local instagramável assim como vários pontos do restaurante. Lembrando as pedras que são usadas nas ferrovias, utilizamos muro gabião como parte da decoração”, explica Diego Jaques Teixeira, responsável pelo projeto arquitetônico do lugar.
Voltando para a gastronomia, o Trem entrega o que promete: pratos mineiros com ares de sofisticação. “Chamamos de simples sofisticado. Trem. É simples assim: Trem é coisa de mineiro, né? Coisa que só a gente entende. Mineiro gosta de lugar que serve bem, que você vai ficando, que o garçom é simpático e a comida é boa de verdade. Sem inventar moda, do jeito que a gente gosta”, descreve o sócio-proprietário, Luiz Antunes.
As comidinhas são divididas em “pra beliscar”, “pra dividir”, “trem especial” e “trem de fartura”. Para começar, as sugestões são a batata frita empanada (R$ 23,90), que acompanham molho de alho, e “Trem de piabinha” (R$ 29,90). Trata-se do lambari empanado na farinha de trigo. Receita simples e crocante. Uma opção mais rebuscada é a burrata (R$ 35,90), que é acompanhada por tomatinhos, molho pesto e uma cesta de pães.
Na seção “pra dividir”, experimente a Carne de lata da fazenda (R$ 42,90), que é uma maçã de peito preparada no fogão a lenha e servida com farofa de jiló e mandioca grelhada. É possível pedir o prato com batatas no açafrão no lugar da mandioca (R$ 44,90). A carne é produzida de forma artesanal na Fazenda Paraíso do Sol, de propriedade da família, assim como todos os produtos que integram a lojinha do Empório, localizada na recepção do restaurante. Outras boas opções são a fraldinha com chimichurri (R$ 54,90), servida com batatas rústicas assadas e alecrim salteados, e o Trem de Ancho (R$ 54,90), corte do contra-filé acompanhado de chips de batata doce e molho parrillero.
No “Trem especial”, saltam aos olhos o risoto de queijo canastra (R$ 34,90), que leva ora-pro-nóbis na receita, e o risoto caipira (R$ 34,90), citado no começo do texto e que é preparado com bacon, calabresa, costelinha, ovo de codorna e queijo Minas. Uma pedida que não leva carne no preparo é a lasanha de beringela (R$ 39,90), que tem o fruto empanado, fonduta de queijo e cogumelo. Já a seção “Trem de fartura” do cardápio tem como destaque a picanha mineira (R$ 59,90), que é grelhada e servida com feijão tropeiro, batata frita e vinagrete.
Há ainda opções de pratos individuais voltados para crianças, como o espaguete a bolonhesa (R$ 24,90) e filé de fritas com arroz e feijão (R$ 24,90). De sobremesa, experimente o pudim de tapioca ou a tradicional goiabada com queijo Minas — também conhecida como Romeu e Julieta —, além do sorvete de paçoquinha do Trem. Todas as sobremesas tem o valor unitário de R$ 14,90.
Para beber, a casa conta com diversas opções de drinks, como o Moscow Mule (R$ 24,90), Trem azul (R$ 24,90), mistura que leva gin, curaçau blue, triple sec, suco de limão e soda. Para divertir sem ressaca, a dica é experimentar o Sweet berry (R$ 14,90), coquetel sem álcool preparado com morango, leite condensado, hortelã e água com gás. O cardápio conta ainda com cervejas de 600ml, como Original (R$ 10,90) e Heineken (R$ 14,90), além das bebidas artesanais da marca Krug, chopes, vinhos, cachaças e outras bebidas de dose.
No quesito musical, o restaurante recebe nos finais de semana grupos de blues, jazz, MPB, samba, sertanejo e rock. A programação sempre é publicada na página da casa no Instagram. Inclusive, o restaurante frequentemente anuncia por lá promoções especiais, como uma farta feijoada servida aos sábados para comer à vontade por R$ 49,90, preço que inclui também open bar de caipirinha. De terça à quinta, a partir das 17h, e sexta-feira, das 17h às 20h, a casa serve rodada dupla de chopp Krug por R$ 7,90.
Serviço
Restaurante Trem Moeda
Av. Valdevino Silva, 122 – Centro – Moeda
Reservas pelo WhatsApp (31) 97241-3500
Instagram: @trem.moeda